Um relato inocente de uma criança de apenas 5 anos sobre um "vampiro" que teria causado vermelhidão em suas partes íntimas revelou um caso grave de suposto abuso sexual em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. A situação veio à tona quando professores da escola municipal onde a menina estuda perceberam o comportamento diferente da aluna e resolveram investigar.
O desabafo que chocou a escola
Durante o recreio, ao ser questionada sobre marcas vermelhas em suas regiões íntimas, a pequena estudante contou uma história que imediatamente acionou os alertas da equipe pedagógica. "Foi o vampiro que fez isso", disse a criança, em um depoimento que misturava fantasia e uma triste realidade.
Os educadores, seguindo os protocolos de proteção à infância, não hesitaram em acionar o Conselho Tutelar e as autoridades policiais. A rápida ação da escola foi fundamental para que as investigações começassem imediatamente.
Pai é preso em flagrante
As investigações da Polícia Civil apontaram o próprio pai da menina, um homem de 33 anos, como principal suspeito das agressões. De acordo com as autoridades, o homem foi preso em flagrante pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São José do Rio Preto.
O caso foi registrado como estupro de vulnerável, crime que prevê pena de 8 a 15 anos de prisão. Durante os procedimentos legais, foi constatado que o suspeito já respondia a outro processo criminal na comarca de Mirassol, também relacionado a crimes contra a dignidade sexual.
Proteção à vítima e consequências
A menina foi rapidamente afastada do convívio paterno e está sob os cuidados de familiares, recebendo acompanhamento psicológico especializado para superar o trauma. Especialistas em violência infantil destacam a importância da atenção aos sinais que as crianças demonstram, muitas vezes através de brincadeiras ou histórias fantasiosas.
O caso serve como um alerta importante para educadores e familiares sobre a necessidade de observar mudanças de comportamento em crianças e adolescentes, e da importância de criar um ambiente de confiança onde os pequenos se sintam seguros para relatar situações de abuso.
O pai permanece preso à disposição da Justiça, aguardando o andamento do processo que pode mantê-lo atrás das grades por anos.
