Mulher é espancada até desmaiar por companheiro em Itanhaém, SP
Companheiro espanca mulher até desmaiar em rua de Itanhaém

A Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem de 35 anos flagrado agredindo brutalmente a própria companheira, de 32 anos, em uma rua de Itanhaém, no litoral paulista. As imagens de câmeras de monitoramento, que chocaram as autoridades, mostram a violência extrema que fez a vítima desmaiar no asfalto.

Detalhes da agressão e prisão do agressor

O crime ocorreu na madrugada de sábado, 29 de junho, na Avenida Santo André, no bairro Nova Itanhaém. Segundo as investigações da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o casal, que está junto há pouco mais de um ano e tem uma filha de oito meses, havia saído para beber. Após uma discussão, o homem começou a agredir a mulher com socos e chegou a estrangulá-la no meio da rua.

A polícia foi acionada por uma denúncia anônima, já que a própria vítima não havia formalizado queixa, por não se considerar vítima na situação. Na segunda-feira, dia 1º de julho, as equipes foram até a casa do casal para ouvir a mulher. Ela dispensou a aplicação de medidas protetivas de urgência, declarando que não pretende se separar do companheiro.

Apesar da recusa da vítima, o caso foi registrado como lesão corporal e a polícia pediu a prisão do agressor. A Justiça expediu o mandado na quarta-feira, 3 de julho.

Estratégia policial e histórico do agressor

Com apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), as equipes da DDM montaram uma campana na saída do trabalho do suspeito, que atuava como motorista de lotação. A prisão foi realizada por volta das 16h de quarta-feira, quando ele chegou de van no bairro Satélite. O homem foi levado para a cadeia de Peruíbe e aguardou audiência de custódia na quinta-feira, 4 de julho.

Em depoimento, o agressor alegou que estava embriagado no momento do crime e não se recorda das agressões. No entanto, a Polícia Civil informou que ele responde a outros dois inquéritos por violência doméstica contra ex-companheiras. Por conta desse histórico, a corporação classifica seu perfil como de agressor de mulheres.

O ciclo da violência e a dificuldade de romper o vínculo

A delegada Damiana Shibata Requel, titular da DDM, explicou que a vítima se encontra no chamado "ciclo da violência". Essa dinâmica, comum em relações abusivas, explica por que muitas mulheres têm dificuldade em sair da relação e, inclusive, recusam ajuda inicialmente. A situação é agravada pelo fato do casal ter uma filha pequena.

As imagens de segurança mostram ainda a presença da cuidadora das crianças no local, testemunhando a cena de violência. O caso segue sob investigação, e as autoridades reforçam a importância de denúncias, mesmo anônimas, para interromper a escalada da violência doméstica.