Um crime passional chocou a Zona Sul de São Paulo na madrugada da última segunda-feira, 29 de dezembro de 2025. Uma mulher de 21 anos atropelou e matou o próprio namorado e uma amiga dele após uma perseguição de carro motivada por ciúmes.
Crime foi premeditado e teve ameaças
De acordo com depoimentos colhidos pela polícia, a suspeita, identificada como Geovanna Proque da Silva, de 21 anos, já havia feito ameaças ao namorado, Raphael Canuto Costa, também de 21. As testemunhas relataram que Geovanna enviou mensagens de texto expressando ciúmes de uma mulher que ela não conhecia, mas que era, na verdade, uma amiga de infância de Raphael.
Os amigos das vítimas consideraram os ciúmes "totalmente infundados", conforme registrado no boletim de ocorrência. A última mensagem enviada pela suspeita foi uma ameaça direta: "Ou você resolve ou eu resolvo".
Perseguição e atropelamento fatal
Após a discussão, Raphael saiu de moto com a amiga, Joyce Corrêa da Silva, de 19 anos, na garupa. Geovanna então pegou o carro e iniciou uma perseguição de aproximadamente 500 metros na Rua Professor Leitão da Cunha, no bairro Campo Limpo.
Em alta velocidade, a suspeita atingiu a moto em cheio, arremessando as duas vítimas a uma distância de cerca de 30 metros. O impacto foi tão forte que a moto colidiu com outros veículos na via. Os corpos de Raphael e Joyce ficaram presos às ferragens, e as mortes foram confirmadas no local pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Frieza após o crime e prisão
Um dos momentos mais chocantes do caso ocorreu quando a suspeita deixava a cena do crime. Segundo um amigo das vítimas que testemunhou a ação, Geovanna teria dito a ele: "Vai socorrer seu amigo e a vagabunda que eu acabei de matar".
Geovanna fugiu, mas passou mal pouco depois. Ela foi encontrada e presa em flagrante, sendo levada a um hospital com cortes superficiais no pescoço e nos pulsos. O caso foi registrado como homicídio doloso duplamente qualificado e lesão corporal.
Após audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. O 37° Distrito Policial (Campo Limpo) é o responsável pela investigação, que incluirá exames periciais e toxicológicos na suspeita, conforme informou a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.