Cantora relata agressões brutais de influenciador durante gravidez: 'Bateu minha cabeça na parede'
Cantora grávida agredida por influenciador em Goiás

Não foi um deslize, não foi "só uma discussão". A cantora — que prefere manter o nome em sigilo por medo de represálias — descreve cenas que parecem saídas de um pesadelo. "Ele me segurou pelo cabelo e bateu minha cabeça contra a parede como se eu fosse um saco de pancadas", relata, com a voz ainda trêmula. Aconteceu em Goiânia, mas poderia ser em qualquer lugar onde mulheres enfrentam o silêncio ensurdecedor da violência.

Detalhes que cortam como vidro: as agressões começaram sutis, disfarçadas de ciúmes "normais". Depois, escalaram para socos no abdômen — justo quando ela carregava uma vida no ventre. "Perdi a consciência em um dos ataques", confessa, como quem revela um segredo sujo que não é seu. O agressor? Um influenciador digital com mais de 300 mil seguidores, especialista em postar sorrisos patrocinados.

O duplo padrão das redes

Enquanto ele postava stories com #FelicidadeGenuína, ela apagava hematomas com camadas de base. A ironia amarga: o mesmo punho que digitava mensagens motivacionais deixava marcas roxas em seu braço. Psicólogos ouvidos pelo caso alertam — esse contraste entre imagem pública e violência privada é mais comum do que se imagina (e mais perigoso também).

  • Primeira agressão: Durante discussão sobre ciúmes, ele a empurrou contra o sofá
  • Pior episódio: Socos no estômago grávido seguidos de ameaças de morte
  • Cena chocante: Desmaiou após cabeça ser esmurrada contra parede de concreto

A delegacia da mulher em Goiânia já tem o caso em mãos, mas — e aqui vem o pulo do gato — a vítima hesita em formalizar a denúncia. Medo? Talvez. Ou aquele sentimento enraizado de que "ninguém vai acreditar". Afinal, como questiona uma amiga da cantora: "Quem vai crer que o príncipe das redes é um monstro de portas fechadas?"

Rede de apoio

Enquanto o processo judicial não anda, um grupo de artistas locais criou uma corrente discreta de proteção. Levaram ela para um local sigiloso, organizaram acompanhamento psicológico (gratuito, feito por voluntários) e — detalhe importante — gravaram depoimentos em vídeo antes que as marcas físicas desaparecessem. "Não vamos deixar isso virar só mais um boletim de ocorrência engavetado", promete uma das organizadoras, que trabalha com vítimas de violência há 15 anos.

O influenciador, por sua vez, sumiu das redes. Seu último post? Uma foto de praia com a legenda "Deus escreve certo por linhas tortas". Cruel ironia do destino — ou estratégia calculista? O caso segue em investigação, mas já deixou uma certeza: por trás dos filtros, existem histórias que nenhum app de edição consegue embelezar.