O cantor Deivide Prudencio Nascimento foi condenado a 2 anos e 2 meses de prisão por agredir violentamente sua parceira musical, Eliana Silveira de Oliveira. A sentença foi proferida pelo 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Goiás.
Detalhes do caso de violência doméstica
O crime ocorreu em uma residência no Setor Urias Magalhães, em Goiânia. Segundo relatos, as agressões foram presenciadas pelos filhos do casal, que testemunharam toda a violência. A vítima afirmou em entrevista à TV Anhanguera que o parceiro chegou a dar socos nela enquanto ameaçava de morte.
A Guarda Civil Metropolitana de Goiânia foi acionada após um motociclista testemunhar a agressão e levar os agentes até o local do crime. Ao chegarem à residência, os guardas não encontraram ninguém, mas identificaram marcas de sangue no local.
Prisão e processo judicial
Deivide Prudencio foi preso em flagrante e não ofereceu resistência quando abordado pela equipe da Guarda Civil. Durante seu depoimento na delegacia, o cantor optou por permanecer em silêncio, segundo informações da delegada Caroline Matos.
A prisão em flagrante foi posteriormente convertida em prisão preventiva durante audiência de custódia. Foi revelado que o acusado já possuía registros anteriores por crime doloso envolvendo violência doméstica contra mulheres.
O Ministério Público de Goiás destacou em sua sentença que Deivide ofendeu gravemente a integridade física de Eliana Silveira. O cantor foi indiciado pela Polícia Civil por múltiplos crimes, incluindo lesão corporal, injúria, ameaça e dano.
Condenação e consequências
Além da pena privativa de liberdade, o condenado terá que pagar uma indenização por danos morais no valor mínimo de R$ 8.000,00 à vítima. A sentença estabelece que o cantor cumpra a pena em regime semiaberto.
O juízo também determinou que o réu não tem direito a recorrer da decisão em liberdade, reforçando a gravidade dos fatos ocorridos.
A Defensoria Pública de Goiás, que representou o acusado, emitiu nota informando que cumpriu seu dever legal e constitucional de garantir a defesa de pessoas sem condições de pagar por um advogado particular, mas não se manifestou sobre o mérito do caso.
A sentença foi assinada pela juíza Hanna Lídia Rodrigues Paz Cândido, marcando um importante desfecho para este caso de violência doméstica que chocou a comunidade musical goiana.