Quem foi Brenda Bulhões? Empresária assassinada pelo ex pode ter nome em projeto de lei contra violência
Brenda Bulhões: vítima de feminicídio pode nomear lei

Ela tinha tudo para ser mais uma estatística. Mas Brenda Bulhões — empresária de 32 anos morta a facadas pelo ex-companheiro em Santos — pode se tornar símbolo de mudança. Seu nome circula nos corredores da Assembleia Legislativa como possível epônimo para projeto de lei sobre prevenção à violência contra mulheres.

Nascida no interior paulista, Brenda construiu carreira no ramo de cosméticos. "Era aquela pessoa que iluminava o ambiente", lembra uma amiga que prefere não se identificar — afinal, o agressor está preso, mas o medo persiste. Detalhe cruel: o crime aconteceu duas semanas após ela registrar ameaças.

O crime que chocou o litoral

Naquela tarde de quinta-feira, tudo parecia normal. Até que ele invadiu o apartamento. Vizinhos ouviram gritos, mas quando a polícia chegou... Bem, você já sabe como essas histórias costumam terminar. Só que desta vez, talvez não termine assim.

O caso ganhou dimensão inesperada. Nas redes sociais, a hashtag #JustiçaPorBrenda viralizou. Na Câmara Municipal, vereadores debatem medidas protetivas mais eficazes. E agora, na Alesp, deputados estudam incluir seu nome no PL 145/2025.

Legado além da tragédia

Se aprovada, a "Lei Brenda Bulhões" pode:

  • Obrigar delegacias a notificar familiares quando houver registro de ameaça
  • Criar protocolos integrados entre polícia, MP e varas de família
  • Estabelecer campanhas permanentes de conscientização

Não é pouco para quem, em vida, ajudava outras mulheres a se reerguerem. Ironia cruel? Talvez. Mas sua irmã, em entrevista coletiva, foi categórica: "Brenda sempre lutou pelos outros. Agora, lutaremos por ela".

Enquanto isso, no fórum de Santos, o processo corre em sigilo. O ex-companheiro — cujo nome a imprensa evitou divulgar para não dar visibilidade — aguarda julgamento. E uma cidade inteira aprende, da pior maneira possível, que violência doméstica não é "problema de casal". É crime. Ponto final.