
Imagine o inimaginável. Um ser humano — se é que podemos chamar assim — capaz de levantar a mão contra um bebê de colo. Foi o que aconteceu no coração da zona rural de Itacoatiara, no Amazonas, onde um homem de 28 anos transformou o lar em um pesadelo.
A cena parece saída de um filme de terror, mas é pura e dura realidade: o padrasto teria espancado o menino de apenas 1 ano com tamanha fúria que deixou marcas visíveis por todo o corpinho frágil. E não parou por aí. Quando a mãe tentou proteger o próprio filho, ele pegou uma faca e a ameaçou de morte.
O horror nos detalhes
Segundo relatos, a agressão aconteceu na última terça-feira (13), mas só veio à tona agora. O pequeno apresentava hematomas pelo corpo todo — braços, pernas, costas. Até o rostinho, que deveria ser só sorrisos, mostrava sinais da crueldade.
"Quando vi meu neto, meu mundo desabou", contou a avó materna, ainda em choque. "Ele chorava sem parar, com medo até de ser pego no colo. Como alguém faz isso com uma criança que mal sabe andar?"
Ameaças que gelam o sangue
Eis o pior: o agressor não se contentou em machucar o indefeso. Pegou uma faca de cozinha e disse à mãe da criança que "se ela contasse a alguém, não sairia viva dali". O tipo de ameaça que faz você perder a fé na humanidade.
Felizmente, a coragem falou mais alto. A mulher conseguiu fugir com o bebê e denunciou o caso à polícia. O homem foi preso em flagrante e agora responde por lesão corporal e ameaça. Mas cá entre nós: cadê o crime de tortura? O de tentativa de feminicídio?
Reação das autoridades
A delegada responsável pelo caso — que preferiu não se identificar — afirmou que o Conselho Tutelar já foi acionado. "Estamos tomando todas as medidas para proteger mãe e filho", garantiu. Mas será que basta?
Enquanto isso, o bebê recebe atendimento médico e psicológico. A mãe, em estado de choque, tenta reconstruir os pedaços de uma vida quebrada pela violência. E a pergunta que não quer calar: quantos casos assim ainda acontecem às escuras, sem nunca vir à tona?
Uma coisa é certa: Itacoatiara não será a mesma depois dessa história. E talvez — só talvez — esse seja o empurrão que faltava para discutirmos de vez a epidemia silenciosa da violência doméstica no interior do Amazonas.