Bebê de 11 meses sofre fratura grave no fêmur e padrasto é preso por lesões corporais em SC
Bebê sofre fratura grave e padrasto é preso em SC

Um caso de extrema violência contra uma criança chocou Santa Catarina nesta semana. Um bebê de apenas 11 meses chegou a um hospital da região com lesões graves que incluíam uma fratura no fêmur, além de múltiplos hematomas pelo corpo.

As investigações da Polícia Civil rapidamente apontaram o padrasto da criança como principal suspeito. O homem, de 22 anos, foi localizado e preso em flagrante na última sexta-feira (1º), na cidade de Maravilha, no Oeste catarinense.

Confissão e versão contraditória

Durante o interrogatório, o acusado admitiu ter agredido o bebê, mas apresentou uma versão que contradiz a gravidade das lesões. Ele afirmou que machucou a criança durante uma brincadeira, alegando ter feito movimentos bruscos enquanto a balançava.

"O relatório médico, no entanto, desmente essa explicação", explica o delegado responsável pelo caso. "As lesões são compatíveis com agressões intencionais, não com acidentes durante brincadeiras."

Gravidade do estado da criança

O bebê foi submetido a cirurgia para tratar a fratura no fêmur, um dos ossos mais fortes do corpo humano. Especialistas afirmam que romper esse osso em uma criança tão pequena exige força considerável.

Além da fratura, a criança apresentava:

  • Hematomas múltiplos pelo corpo
  • Marcas de violência em estágios diferentes de cicatrização
  • Sinais de trauma craniano

Enquadramento legal severo

O padrasto foi formalmente acusado de tentativa de homicídio doloso - quando há intenção de matar - e maus-tratos. A decisão pela prisão preventiva foi mantida pela Justiça, que considerou a gravidade dos fatos e o risco à sociedade.

O caso segue sob investigação da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Maravilha. Novos depoimentos e perícias devem complementar o inquérito policial nas próximas semanas.

A violência contra crianças pode ser denunciada anonimamente pelo Disque 100, serviço nacional que garante o sigilo das informações do denunciante.