Auxílio Aluguel para Mulheres Vítimas de Violência: Saiba Como Funciona na Região de Presidente Prudente
Auxílio aluguel para vítimas de violência em 46 cidades

Imagine ter que escolher entre continuar num ambiente violento ou enfrentar as ruas sem ter onde morar. Essa realidade cruel está prestes a mudar para centenas de mulheres no Oeste Paulista.

Um Respiro Para Quem Precisa Fugir

Numa iniciativa que mistura urgência com esperança, 46 cidades da região de Presidente Prudente passam a oferecer auxílio aluguel para mulheres em situação de violência doméstica. Não é esmola - é chance real de recomeço.

"Quando bateu a pandemia, os casos explodiram como pipoca no micro-ondas", conta uma assistente social que prefere não se identificar. Agora, a ajuda chega em forma de chave na mão: até 12 meses de aluguel pago direto para proprietários cadastrados.

Como Funciona na Prática?

  • Valor variável conforme o município (em média R$ 800)
  • Pré-cadastro de imóveis disponíveis
  • Encaminhamento via rede de proteção
  • Prioridade para mães com crianças

O processo não é burocrático como imaginam. Basta um BO recente ou medida protetiva ativa. "Demorou, mas enfim entenderam que sem teto não há denúncia que resista", comenta a advogada Mariana Campos, especialista no tema.

Números Que Doem

Só no primeiro semestre deste ano, a região registrou:

  1. 1.200 medidas protetivas deferidas
  2. 3 feminicídios consumados
  3. 47% aumento nas denúncias pelo 180

Enquanto isso, as casas-abrigo seguindo lotadas além da capacidade. "Tem mulher dormindo em colchão no chão de delegacia", revela uma voluntária. O auxílio surge como alternativa antes impensável.

Será que finalmente estamos aprendendo que segurança pública começa com dignidade? O programa ainda engatinha, mas já acendeu faísca de esperança onde antes só havia cinzas.