
Um caso de violência doméstica que chocou Pelotas, no Rio Grande do Sul, teve novo capítulo nesta quinta-feira (04/07). O homem acusado de assassinar a companheira a tiros prestou depoimento na delegacia sob protestos de populares que exigiam justiça.
Segundo testemunhas, o clima no local era tenso, com manifestantes gritando palavras de ordem contra o acusado. A vítima, uma mulher de 32 anos, foi morta na última semana em um crime que revoltou a comunidade local.
Detalhes do crime
O crime ocorreu na residência do casal, no bairro Três Vendas. De acordo com as investigações, o suspeito teria disparado contra a companheira durante uma discussão. Vizinhos relataram ter ouvido os tiros e acionado a polícia.
A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O acusado foi preso em flagrante e agora responde pelo crime de feminicídio, que pode render uma pena de até 30 anos de prisão.
Reação da comunidade
O caso mobilizou grupos de defesa dos direitos das mulheres em Pelotas. Durante o depoimento do acusado, dezenas de pessoas se reuniram em frente à delegacia carregando cartazes com frases como "Chega de feminicídio" e "Justiça por todas".
Autoridades locais destacaram que o caso será tratado com prioridade, dada a gravidade dos fatos e a comoção causada na cidade. O delegado responsável pelo caso afirmou que todas as provas estão sendo cuidadosamente analisadas.
Estatísticas alarmantes
Este é o terceiro caso de feminicídio registrado em Pelotas apenas neste ano. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que o Rio Grande do Sul está entre os estados com maior número de mortes violentas de mulheres no país.
Especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas mais efetivas no combate à violência doméstica, incluindo campanhas de conscientização e melhor atendimento às vítimas.