Condenado a 28 anos por feminicídio em Itajubá: 25 facadas em companheira
28 anos de prisão por feminicídio com 25 facadas em MG

Um homem foi sentenciado a mais de 28 anos de prisão pelo assassinato brutal de sua companheira, ocorrido no final de 2023 na cidade de Itajubá, em Minas Gerais. Bruno Alexandre Campos de Paula, de 31 anos, recebeu a pena de 28 anos e 6 meses pelo crime que tirou a vida de Fernanda Rocha Monferino, de 30 anos.

Júri popular e a condenação

O julgamento, realizado por um tribunal do júri, se estendeu por todo o dia 3 de abril e só terminou por volta da meia-noite da quarta-feira (4). Familiares da vítima, vizinhos e profissionais que atenderam ao caso depuseram durante a longa sessão. Os parentes de Fernanda relataram um misto de tensão entre a busca por justiça e a dor de reviver a perda, mas expressaram confiança no resultado da condenação.

O réu foi considerado culpado por homicídio qualificado por quatro circunstâncias: motivo torpe (futilidade), meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio. A defesa de Bruno já informou que vai recorrer da decisão. Com a sentença, ele permanecerá preso durante o trâmite dos recursos.

Os detalhes do crime

O feminicídio aconteceu no dia 19 de novembro de 2023, em uma residência no Bairro Boa Vista, em Itajubá. De acordo com as investigações da Polícia Militar, uma testemunha indicou que o crime teria sido motivado por ciúmes. Ao serem acionados para uma briga de casal, os policiais encontraram Fernanda com múltiplos ferimentos por faca.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local. A perícia posterior constatou que a vítima foi atingida por, pelo menos, 25 golpes de faca. O acusado foi encontrado caído no chão, também com uma faca no peito, em uma tentativa aparente de suicídio após o assassinato.

As consequências e a família

Bruno foi socorrido e encaminhado ao Hospital das Clínicas de Itajubá, onde passou por cirurgia e ficou sob custódia policial desde então. Fernanda e Bruno tinham dois filhos em comum. As crianças, após a tragédia, passaram a viver sob os cuidados da avó materna.

O caso chocou a comunidade local e se tornou um triste exemplo da violência doméstica letal. A condenação, embora sujeita a recurso, representa um passo no processo judicial em busca de responsabilização por um crime considerado hediondo.