Nesta terça-feira (25), data que marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, a Polícia Civil de Alagoas desencadeou a Operação Frida, resultando na prisão de 10 acusados por crimes contra mulheres em diferentes municípios do estado.
Mandados cumpridos em cinco cidades
As ações policiais foram executadas durante a madrugada e manhã desta terça-feira em Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema e Pão de Açúcar. Todos os mandados de prisão foram expedidos pelo Poder Judiciário estadual, demonstrando a seriedade das acusações.
De acordo com as investigações, os presos são acusados de cometer violência física, estupro, tentativa de feminicídio, violência patrimonial e outros delitos contra mulheres. A operação representa um importante avanço no combate à violência de gênero no estado.
Liderança feminina na operação
A Operação Frida é comandada pela delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs). Um aspecto significativo da ação é que o efetivo policial envolvido é majoritariamente composto por mulheres, incluindo delegadas, agentes e escrivães de várias Universidades Especializadas e Distritais da PCAL.
Além do objetivo imediato de prender os acusados, a operação busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão sofridos por meninas e mulheres em Alagoas.
Central de atendimento completa 20 anos
Neste contexto de combate à violência contra mulheres, o Ligue 180, central de atendimento à mulher, completa 20 anos de funcionamento. O serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, e oferece atendimento gratuito de Brasília.
Qualquer pessoa pode ligar para denunciar ou buscar informações sobre todos os tipos de violência. As vítimas que entram em contato são acolhidas por outras mulheres qualificadas em violência de gênero, com objetivo de oferecer um atendimento humanizado, acolhedor e sem julgamentos.
Em Alagoas, também é possível acionar o 190 da Polícia Militar para denunciar crimes e pedir apoio imediato em situações de risco.
Homenagem a Frida Kahlo
A operação recebeu o nome da pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954), que se tornou um ícone feminista por meio de sua arte e ativismo. Kahlo é lembrada como defensora da igualdade de gênero e dos direitos das mulheres, temas que retratou de forma crua e honesta em suas obras, abordando questões como aborto e a vida com limitações físicas.
A escolha do nome reforça o compromisso da operação com os valores de igualdade e justiça de gênero que a artista representou durante sua vida e obra.