
Não é novidade que trabalhar na área da saúde exige jogo de cintura — mas ultimamente, em Santa Catarina, o desafio vai além de salvar vidas. Nos últimos dois dias, uma sequência de casos brutais de agressão e humilhação contra médicos e enfermeiros deixou a região em estado de choque.
Imagina só: você está lá, de plantão, tentando fazer o seu melhor, e leva um esculacho gratuito. Ou pior, um soco na cara. Pois é, aconteceu. E não foi só uma vez.
O que rolou, de fato?
Na terça-feira (17), um enfermeiro levou um murro no estômago após pedir — pasme — que um paciente aguardasse sua vez. Sim, o cara não quis esperar cinco minutos e partiu pra cima. Detalhe: o profissional estava grávida. Sim, grávida.
Já na quarta (18), uma médica ouviu cada palavrão que você nem encontra no dicionário. Motivo? Ela teve a audácia de explicar que o remédio que o paciente queria não era o mais indicado. "Doutora burra", gritaram pra ela. Como se anos de faculdade valessem menos que uma opinião de Google.
E aí, o que tá sendo feito?
O sindicato já acionou o Ministério Público — e não é pra menos. Enquanto isso, hospitais estão reforçando seguranças, mas todo mundo sabe: isso é enxugar gelo. O problema é mais fundo.
- Curto prazo: botar mais seguranças (que, convenhamos, não resolvem a raiz do problema)
- Médio prazo: campanhas de conscientização (porque, né, adulto também precisa aprender educação básica)
- Longo prazo: mudar essa cultura de que profissional de saúde é "servente" de paciente mal-educado
E olha, não é exagero. Um levantamento rápido mostra que esses dois casos não são exceção — são a ponta do iceberg. Só no primeiro semestre, o número de agressões já superou todo o ano passado. Assustador? Pra caramba.
Ps.: Se você acha normal xingar quem tá tentando te ajudar, sugiro repensar seus conceitos. Ou melhor, tente trabalhar um plantão de 12h no SUS pra ver como é.