
Isso é para não passar em branco, mesmo. A Justiça do Trabalho deu um puxão de orelha — e dos grandes — em um empresário de Floriano, no interior do Piauí. O sujeito, que é sócio de um supermercado local, vai ter que desembolsar nada menos que R$ 100 mil. A razão? Um clima pesadíssimo de assédio que ele mesmo criou para duas funcionárias.
Pois é. A sentença saiu da 1ª Vara do Trabalho da cidade e não deixou dúvidas: as mulheres foram submetidas a situações constrangedoras, humilhantes e, claro, com claro teor sexual. O juiz não usou meias-palavras ao descrever a conduta do empregador como "abusiva" e "completamente fora dos parâmetros legais".
O ambiente de trabalho que virou um inferno
Imagina só: você chega para cumprir seu horário, tentando ganhar seu sustento, e se depara com comentários de duplo sentido, avanços indesejados e uma pressão psicológica constante. Foi exatamente isso que as duas ex-funcionárias relataram. Uma delas, inclusive, acabou demitida — pasme — depois de recusar as investidas do chefe.
Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade de muitas trabalhadoras por aí. O pior de tudo é a sensação de estar encurralada: falar pode custar o emprego, calar custa a dignidade.
A decisão judicial e o recado claro
O valor da indenização, R$ 50 mil para cada uma das vítimas, não é só sobre compensar — é sobre mandar um recado. Um recado alto e claro para outros empregadores que ainda acham que podem abusar do poder que têm nas mãos.
O juiz enfatizou algo crucial: o assédio moral e sexual fere profundamente a dignidade da pessoa. Não é "mimimi", não é "frescura". É crime. E, cada vez mais, a Justiça está mostrando que está do lado de quem é vulnerável.
O caso agora segue tramitando em segredo de Justiça, para proteger a identidade das mulheres. Mas a mensagem já está dada, e ecoou bem além dos limites de Floriano.