
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu converter a prisão em flagrante em preventiva para um homem acusado de assassinar brutalmente sua namorada, uma mulher trans, na cidade de Patrocínio. O crime, classificado como feminicídio, ocorreu no último final de semana e chocou a comunidade local.
Detalhes chocantes do crime
De acordo com as investigações, a vítima foi submetida a uma violenta sessão de espancamento pelo companheiro. Testemunhas relataram que o casal mantinha um relacionamento conturbado, mas ninguém imaginava que a situação chegaria a esse desfecho trágico.
O corpo da mulher foi encontrado com múltiplos hematomas e ferimentos consistentes com agressão física severa. Peritos confirmaram que a morte foi resultado da violência extrema aplicada pelo acusado.
Decisão judicial fundamentada
A conversão da prisão para preventiva foi baseada em três elementos principais que justificam a manutenção do réu atrás das grades:
- Risco à ordem pública: A brutalidade do crime causou comoção social na região
- Perigo de fuga: O acusado poderia tentar escapar do processo judicial
- Garantia da investigação: Necessidade de preservar as provas e testemunhas
Crime é enquadrado como feminicídio
O Ministério Público destacou que o caso se caracteriza como feminicídio, crime definido pela Lei 13.104/2015, que prevê o assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica ou discriminação de gênero. A condição de mulher trans da vítima reforça a gravidade do caso perante a lei.
"Estamos diante de um crime hediondo que precisa ser combatido com todo rigor legal. A decisão do TJMG reforça o compromisso do sistema de justiça com a proteção das mulheres, incluindo as mulheres trans", afirmou representante do MP.
Repercussão e próximos passos
O caso tem gerado forte repercussão entre movimentos sociais e organizações de defesa dos direitos LGBTQIA+. A expectativa é que o processo avance rapidamente, com o acusado respondendo pelos crimes de feminicídio e homicídio qualificado.
Enquanto isso, a vítima é lamentada por familiares e amigos, que a descrevem como uma pessoa de "sorriso contagiante" e que "não merecia esse fim trágico". A comunidade local se mobiliza para prestar solidariedade à família enlutada.