Pai de 65 anos preso por estuprar filha por 6 anos na zona rural do PR
Pai preso por estuprar filha durante anos no Paraná

Pai é preso por crimes sexuais contra filha adolescente

Um homem de 65 anos foi preso preventivamente nesta terça-feira (18) suspeito de estuprar a própria filha durante seis anos consecutivos. O caso ocorreu na zona rural de Castro, nos Campos Gerais do Paraná, onde o acusado morava sozinho com a adolescente.

Revelação entre amigas expõe anos de abusos

Segundo as investigações, a verdade veio à tona no dia 9 de novembro, quando a filha do acusado, que atualmente tem 17 anos, contou a uma amiga e à mãe dela que sofria abusos sexuais do pai desde os 11 anos de idade. A delegada Renata Batista, responsável pelo caso, revelou que o homem afirmava à adolescente que a via "como mulher".

Imediatamente após a revelação, a mulher que recebeu a confidência procurou a escola onde as adolescentes estudavam. No dia seguinte, o Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária da Polícia Militar fez uma visita à instituição de ensino, e a equipe escolar formalizou a denúncia aos policiais.

Investigação rápida resulta em prisão

As autoridades agiram rapidamente: um boletim de ocorrência foi registrado no dia 10 de novembro e as informações foram imediatamente repassadas à Polícia Civil. A delegacia instaurou um inquérito policial, ouviu testemunhas e representou ao Poder Judiciário pelo depoimento especial da vítima e também pela prisão preventiva do agressor.

"A integração entre as forças de segurança de Castro foi o fator-chave para garantir a proteção da vítima e dar uma pronta resposta à sociedade frente a este crime hediondo", ressaltou a delegada Renata Batista.

O homem foi detido e encaminhado à Cadeia Pública de Castro, onde permanece à disposição da Justiça. A prisão preventiva é por tempo indeterminado.

Investigações continuam com depoimento especial

A Polícia Civil continua as investigações e aguarda o depoimento da vítima, que será realizado de forma diferenciada por se tratar de crime sexual contra pessoa com menos de 18 anos. O procedimento será feito através de uma cautelar de antecipação de provas, método adequado para proteger vítimas adolescentes.

Em seu depoimento, o homem negou todos os crimes e chegou a registrar um boletim de ocorrência alegando ser vítima de calúnia. Como o caso tramita em sigilo judicial por envolver crime sexual e vítima adolescente, o nome do acusado não foi divulgado.

O caso serve como alerta para a importância da denúncia em situações de violência sexual contra crianças e adolescentes. As investigações seguem em andamento enquanto a vítima recebe atendimento especializado.