Uma tragédia envolvendo o sistema de saúde de Mogi das Cruzes está causando comoção e revolta na comunidade LGBTQIA+ da região. Uma mulher transsexual de 42 anos, identificada como Roberta Alves da Silva, faleceu após supostas falhas no atendimento recebido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
Sequência de Eventos Trágicos
De acordo com relatos da família e testemunhas, Roberta procurou a UPA no último sábado (1º) reclamando de fortes dores no peito e dificuldades respiratórias. Ela teria sido submetida a apenas um eletrocardiograma antes de receber alta, mesmo com os sintomas persistindo.
"Ela saiu de lá sem um diagnóstico adequado e com a mesma dor que tinha quando chegou", relatou uma amiga próxima da vítima, que preferiu não se identificar.
Piora do Estado de Saúde
Nas horas seguintes ao atendimento, o estado de saúde de Roberta se agravou significativamente. A família, desesperada, precisou chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na madrugada de domingo.
"Quando os paramédicos chegaram, já era tarde demais", contou um vizinho que acompanhou a situação. Roberta não resistiu e foi declarada morta ainda no local.
Investigação em Andamento
O caso agora está sendo investigado pelas autoridades competentes. A Secretaria Municipal de Saúde de Mogi das Cruzes se manifestou através de nota, informando que abriu um processo interno para apurar todas as circunstâncias do atendimento.
"Estamos profundamente consternados com o ocorrido e determinados a esclarecer todos os fatos", afirmou a pasta em comunicado oficial.
Repercussão na Comunidade LGBTQIA+
A morte de Roberta reacendeu o debate sobre a qualidade do atendimento oferecido à população transsexual no sistema público de saúde. Ativistas destacam que casos como este não são isolados e refletem uma realidade preocupante.
"Infelizmente, nossa comunidade ainda enfrenta discriminação e negligência nos serviços de saúde. Precisamos de protocolos específicos e profissionais capacitados para atender nossas particularidades", declarou representante de organização LGBTQIA+ da região.
Próximos Passos
- Investigação completa do atendimento prestado na UPA
 - Laudo pericial para determinar a causa oficial da morte
 - Pressão de movimentos sociais por respostas concretas
 - Revisão de protocolos de atendimento para população trans
 
O corpo de Roberta foi velado e sepultado no cemitério municipal, enquanto familiares e amigos buscam justiça e medidas que previnam novas tragédias como esta.