MPT Sergipe investiga demissão de médica após tentativa de estupro em hospital de Lagarto
MPT apura demissão de médica após tentativa de estupro

O Ministério Público do Trabalho em Sergipe abriu os olhos para um caso que, francamente, cheira mal. Muito mal. Uma médica — sim, uma profissional da saúde — teria sido simplesmente descartada pelo empregador após sofrer uma tentativa de estupro dentro do próprio ambiente hospitalar. Em Lagarto, cidade do interior sergipano, a situação ganhou contornos de pesadelo.

Parece até roteiro de filme de terror, mas é a realidade cruel que algumas trabalhadoras enfrentam. A denúncia chegou ao MPT no último dia 26 de setembro, e desde então os procuradores estão com a pulga atrás da orelha. O que realmente aconteceu naquele hospital? Por que demitir a vítima?

O silêncio que grita

A empresa — cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente — parece estar fazendo o famoso "jogo do empurra". Até agora, nenhuma resposta convincente sobre os motivos que levaram à demissão da médica. Convenhamos, a timing é mais do que suspeita. Sofre tentativa de violência sexual e, pouco depois, está na rua? Não precisa ser expert em direito trabalhista para desconfiar que há algo muito errado nessa história.

O MPT, é claro, não comprou essa versão. Eles querem saber detalhes, todos eles. As circunstâncias exatas do crime, as medidas que o hospital tomou (ou deixou de tomar), e o que diabos justificaria mandar embora uma profissional que acabara de passar por tamanho trauma.

Direitos sob ataque

O caso vai além do assédio sexual — estamos falando de possível retaliação. A vítima sofre uma agressão horrível e ainda é punida por isso? Onde já se viu? O ambiente de trabalho deveria ser um local de segurança, não um campo minado onde mulheres precisam temer pela integridade física e pelo emprego.

O que mais revolta é que situações assim ainda acontecem em pleno 2025. A gente pensa que já evoluímos, que certas barbáries ficaram no passado, e então uma notícia dessas aparece para nos lembrar que o machismo ainda respira forte em muitos cantos.

E agora, o que esperar?

O MPT deu um prazo até 14 de outubro para que a empresa se manifeste. Se não responderem, bem... a coisa pode ficar feia. Multas, processos, aquele pacote completo que nenhuma organização quer enfrentar.

Enquanto isso, a médica — cuja identidade foi preservada — segue sua vida tentando se recuperar do duplo golpe: a violência sofrida e a demissão que veio como uma segunda facada. Uma situação que, francamente, faria qualquer um perder a fé na humanidade.

Mas há um fio de esperança. O fato do MPT ter abrido este caso mostra que pelo menos alguém está levando a sério. Alguém está disposto a cutucar esta ferida até que a verdade — toda ela — venha à tona.

O que vai sair desta investigação? Ainda é cedo para dizer. Mas uma coisa é certa: em Lagarto, e em todo Sergipe, muitos estão de olho. Esperando por justiça. Por um final menos triste para esta história.