Mãe usa filho de 9 anos para furtar roupas em Ribeirão Preto e é presa
Mãe presa por usar filho de 9 anos para furto em loja

Uma mulher foi presa na noite de quinta-feira, 4 de julho, no Centro de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, após ser flagrada usando o próprio filho de nove anos para cometer furtos em uma loja de roupas. A ação foi toda registrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento.

Como o crime foi executado

As imagens de vigilância mostram a cena que levou à prisão. A mulher estava acompanhada dos dois filhos: um menino de nove anos e um bebê de aproximadamente um ano, que permanecia sentado em um carrinho. Enquanto a suposta mãe fingia selecionar peças em uma arara, ela entregava itens de roupa ao filho mais velho.

O garoto, então, executava o plano: retirava os cabides, enrolava as roupas no braço e se abaixava ao lado do carrinho do irmão. Ele chegou a sentar no chão para esconder as peças furtadas na parte inferior do carrinho, logo abaixo do assento do bebê. Tudo isso acontecia enquanto a mulher mantinha a aparência de uma cliente comum, manipulando outras peças no local.

A prisão e a confissão

A proprietária da loja, ao acompanhar as imagens em tempo real pelo monitoramento interno, identificou a ação criminosa e acionou imediatamente a Guarda Civil Metropolitana (GCM). Com base na descrição fornecida e nas características visíveis no vídeo, os agentes localizaram a suspeita ainda na mesma rua.

Durante a abordagem, a mulher confessou o furto. Com ela, foram recuperadas quatro peças de roupa – entre shorts, vestidos e blusas –, cujo valor total foi avaliado em R$ 359,60. A gerente da loja reconheceu tanto as mercadorias quanto a autora do delito.

Em depoimento aos agentes, a mulher alegou estar desempregada e disse que a intenção era vender as roupas furtadas para conseguir pagar o aluguel.

As crianças e a situação de vulnerabilidade

Após a prisão, a mulher foi conduzida ao Centro de Polícia Judiciária (CPJ), que determinou o acionamento do Conselho Tutelar. O desdobramento mais grave veio quando uma conselheira visitou a residência da suspeita.

No local, foram encontradas outras três crianças sozinhas, apresentando sinais de fome e em claro estado de vulnerabilidade social. Diante da situação, todas as cinco crianças envolvidas – as duas que estavam na loja e as três encontradas em casa – foram encaminhadas ao Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica).

A mulher permaneceu à disposição da Polícia Civil. As crianças, por sua vez, passaram a receber acompanhamento do Conselho Tutelar e da Assistência Social, que avaliarão as medidas de proteção mais adequadas.