Madrasta condenada a 8 anos por torturar criança autista e dar cerveja ao menino em Goiás
Madrasta condenada a 8 anos por torturar autista

Um caso de extrema crueldade contra uma criança autista chocou o estado de Goiás e resultou na condenação da madrasta a mais de oito anos de prisão. A mulher, de 33 anos, foi considerada culpada por praticar tortura psicológica e física contra seu enteado de apenas 8 anos, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Os horrores sofridos pela criança

Durante o processo judicial, foram revelados detalhes perturbadores dos maus-tratos cometidos contra o menino. Entre as agressões comprovadas estão:

  • Oferecer cerveja repetidamente para a criança consumir
  • Praticar violência psicológica constante
  • Realizar agressões físicas contra o menor
  • Submeter a criança a situações humilhantes e traumatizantes

A decisão judicial

Após análise minuciosa das provas e dos depoimentos, a Justiça de Goiás condenou a acusada a 8 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão pelo crime de tortura. A sentença foi proferida nesta quinta-feira (24) e representa um importante marco na defesa dos direitos das crianças com deficiência.

O juiz responsável pelo caso destacou a vulnerabilidade da vítima, enfatizando que a condição do autismo da criança a tornava ainda mais frágil perante os abusos sofridos. A decisão judicial considerou agravante o fato dos crimes terem sido cometidos por quem deveria proteger a criança.

Proteção à vítima

Desde que os maus-tratos foram descobertos, a criança recebeu proteção especial do Estado e foi afastada do convívio da madrasta. Atualmente, o menino está sob os cuidados de familiares que podem garantir seu desenvolvimento seguro e protegido.

Especialistas em direitos da criança afirmam que casos como este evidenciam a importância dos mecanismos de denúncia e da atuação rápida do poder judiciário na proteção de menores em situação de vulnerabilidade.

O caso serve como alerta para a sociedade sobre a necessidade de observar e denunciar situações de violência contra crianças, especialmente aquelas com condições especiais que podem ter mais dificuldade para comunicar os abusos que sofrem.