Líder comunitária é executada a tiros em Fortaleza: comunidade chora perda de defensora dos direitos sociais
Líder comunitária executada a tiros em Fortaleza

Fortaleza acordou de luto neste sábado (25) com a notícia chocante do assassinato de Maria Alves da Silva, 56 anos, uma respeitada líder comunitária do bairro Jangurussu. A defensora dos direitos sociais foi executada com doze disparos de arma de fogo na noite de sexta-feira (24), por volta das 22h30, quando retornava para casa após um dia de trabalho comunitário.

Detalhes do crime que comoveu o Ceará

Segundo informações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime ocorreu na Rua São Pedro, a apenas algumas quadras da residência da vítima. Testemunhas relataram à polícia que dois homens em uma motocicleta se aproximaram da líder comunitária e efetuaram os disparos à queima-roupa, fugindo em seguida sem levar qualquer pertence.

"Ela era uma pessoa que só fazia o bem, sempre lutando por melhorias para nossa comunidade. Estamos todos devastados", declarou uma vizinha que preferiu não se identificar por medo de represálias.

Trabalho comunitário reconhecido

Maria Alves era conhecida por seu incansável trabalho social no Jangurussu, uma das maiores comunidades de Fortaleza. Por mais de quinze anos, ela dedicou sua vida a:

  • Organizar projetos educativos para crianças e adolescentes
  • Lutar por melhorias na infraestrutura do bairro
  • Mediar conflitos comunitários
  • Coordenação de campanhas de arrecadação de alimentos
  • Defesa dos direitos das mulheres na periferia

Investigações em andamento

A Polícia Civil iniciou imediatamente as investigações para identificar e capturar os responsáveis pelo crime. Equipes periciais estiveram no local do assassinato durante a madrugada coletando provas balísticas e registros de câmeras de segurança da região.

"Estamos trabalhando sem descanso para elucidar este crime bárbaro e trazer os culpados à justiça", afirmou o delegado responsável pelo caso, que ainda não pode ser identificado por questões de segurança da investigação.

Reação da comunidade e autoridades

Moradores do Jangurussu se reuniram espontaneamente neste sábado para prestar homenagem à líder comunitária. Velas, flores e cartazes com mensagens de protesto foram colocados no local onde Maria foi assassinada.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará emitiu nota oficial lamentando o ocorrido e garantindo que todas as medidas estão sendo tomadas para solucionar o caso rapidamente.

O assassinato de Maria Alves da Silva reacende o debate sobre a violência contra lideranças comunitárias e a segurança pública nas periferias de Fortaleza, levantando questões urgentes sobre proteção a defensores dos direitos humanos.