Tragédia em comunidade indígena
Uma tarde de segunda-feira (24) terminou em tragédia na aldeia Te'ýikue, localizada no município de Caarapó, no sul de Mato Grosso do Sul. Dois jovens indígenas, um menino de 11 anos e um adolescente de 15 anos, perderam a vida após se afogarem em uma represa da comunidade.
Como ocorreu o acidente
De acordo com relatos colhidos pela polícia, os adolescentes foram até o açude entre 12h e 13h com o objetivo de buscar água potável para suas residências. No entanto, em determinado momento, começaram a brincar e tomar banho no local, mesmo sem saberem nadar.
Segundo testemunhas, o menino mais novo adentrou em uma área mais profunda do reservatório e começou a se afogar, pedindo socorro desesperadamente. O adolescente de 15 anos, na tentativa heroica de salvar o amigo, também acabou sendo tragado pelas águas.
Uma testemunha ainda tentou resgatar ambos, mas não obteve sucesso em sua empreitada salvadora.
Tempo crucial para o resgate
O Corpo de Bombeiros foi acionado através do polo indígena da região e seguiu para o local junto com um enfermeiro. A equipe de resgate enfrentou um deslocamento que levou entre 20 e 30 minutos para chegar à aldeia.
Quando os bombeiros finalmente alcançaram o local do acidente, os próprios moradores já haviam retirado os corpos das águas turvas da represa.
Os militares relataram que o tempo total entre o afogamento, a localização dos jovens e a chegada do socorro ultrapassou uma hora - um período que inviabiliza completamente a realização de manobras de reanimação cardiopulmonar.
"Infelizmente perdemos dois jovens indígenas de 11 e 15 anos", informou a equipe de bombeiros, em comunicado emocionado sobre a tragédia.
Investigações e isolamento da área
A Polícia Militar isolou imediatamente a área do açude até a chegada da Polícia Civil e da Perícia Criminal de Fátima do Sul, que assumiram as investigações do caso.
Os peritos criminalísticos realizaram entrevistas preliminares com membros da comunidade para entender completamente as circunstâncias que levaram à tragédia.
O caso continua sob investigação das autoridades competentes, que buscam esclarecer todos os detalhes do ocorrido e fornecer suporte à comunidade indígena enlutada.