Jovem é brutalmente agredido após beijo gay em Mato Grosso do Sul: 'Aqui não é lugar de viado', gritavam agressores
Jovem agredido após beijo gay em MS: "Aqui não é viado"

Era pra ser uma noite como qualquer outra. Dois jovens, dois sorrisos, um beijo inocente. Mas em segundos, o cenário idílico virou pesadelo. "Aqui não é lugar de viado", ecoou no ar, seguido de socos, chutes e o som abafado de corpos batendo no chão.

O caso aconteceu em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, e deixou marcas que vão muito além dos hematomas. A vítima, que prefere não se identificar, contou detalhes que dão arrepios: "Eles vieram como hienas, uns cinco ou seis. Nem deu tempo de reagir".

O preço de um gesto de amor

Segundo relatos, tudo começou quando o jovem de 22 anos trocou carícias com outro rapaz em um ponto de ônibus. Do nada, o grupo se aproximou com olhares que já anunciavam tempestade. "Parecia que o tempo congelou", descreve a vítima, ainda tremendo ao lembrar.

O que se seguiu foi:

  • Gritos homofóbicos cortando o ar
  • Agressões físicas sem piedade
  • Testemunhas paralisadas pelo medo
  • Fuga dos agressores como se nada tivesse acontecido

E o pior? Isso não é ficção. É Brasil, 2025. O mesmo país que se gaba de ser acolhedor nas novelas.

Depois da tempestade

O jovem agredido precisou de atendimento médico, mas as feridas da alma são mais profundas. "Já sofri olhares, mas nunca pensei que chegariam a bater", confessou, com voz embargada. A Delegacia de Crimes Homofóbicos já investiga o caso, mas sabe como é - as pistas são poucas e o medo de represálias, grande.

Enquanto isso, organizações LGBTQIA+ da região soltaram nota repudiando o ato. "Isso não é caso isolado", alertam. E de fato, os números assustam: só este ano, já são mais de 150 denúncias de violência contra a comunidade no estado.

Fica a pergunta que não quer calar: até quando o amor vai precisar de escolta policial para existir em paz?