Ex-inspetor do St. Georges preso por estupro de vulnerável no Rio
Inspetor escolar preso por estupro de vulnerável no Rio

Inspetor escolar é preso por estupro de vulnerável no Recreio dos Bandeirantes

Um ex-inspetor do Colégio St. Georges, localizado no Recreio dos Bandeirantes, Zona Sudoeste do Rio de Janeiro, foi preso na terça-feira (18) acusado de estupro de vulnerável. Diogo Bastos de Brito foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) após ser filmado pelas câmeras de segurança da instituição induzindo uma aluna de 12 anos a levantar a blusa por três vezes.

Detalhes do caso revelam abordagem abusiva

De acordo com as investigações, o crime ocorreu quando a estudante estava fora da sala de aula para verificar as horas no celular. Após guardar o aparelho na parte de dentro da calça jeans, na altura da cintura, ela foi abordada pelo então inspetor. Diogo exigiu que a menina levantasse a blusa três vezes para mostrar o celular, conforme relatado em depoimento na delegacia.

As imagens de segurança mostram o funcionário levantando a camisa do uniforme da vítima enquanto manuseava seu próprio celular, possivelmente filmando ou fotografando a menor. Testemunhas corroboraram o depoimento da estudante, fortalecendo as evidências contra o acusado.

Segundo o MPRJ, o inspetor teria dito para a adolescente que "tudo ficaria de boa" se ela não contasse o ocorrido à coordenação da escola. Na secretaria, Diogo ainda tentou desbloquear o aparelho da estudante para verificar se ela havia enviado mensagens ou filmado a abordagem.

Resposta institucional e consequências jurídicas

O Colégio St. Georges informou que demitiu o funcionário no dia 2 de outubro, assim que tomou conhecimento dos fatos. A instituição emitiu duas notas formais para todos os responsáveis comunicando o ocorrido e as providências tomadas, incluindo o fornecimento integral dos vídeos para a 42ª DP (Recreio).

Diogo Bastos de Brito foi indiciado pela Polícia Civil e responde por estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal, que estabelece pena de 8 a 15 anos de reclusão para quem pratica ato libidinoso com menor de 14 anos.

A delegada Talita Stivanello, responsável pelo caso, destacou a importância da orientação familiar: "Casos como este reforçam a importância dos pais alertarem seus filhos sobre falas preocupantes de terceiros, como, por exemplo, 'isso fica só entre nós', 'você não deve contar isso para sua mãe/seu pai'".

O g1 não conseguiu localizar a defesa de Diogo Bastos de Brito para se manifestar sobre as acusações.