Influenciadoras condenadas à prisão por vídeo racista com crianças no Rio: entenda o caso
Influenciadoras presas por vídeo racista com crianças

O que era pra ser "brincadeira" acabou virando caso de polícia — e agora, de cadeia. Duas criadoras de conteúdo digital levaram um pito judicial que vai fazer história nos tribunais brasileiros. A Justiça do Rio não perdoou: 2 anos e 8 meses de cana, sem direito a regime aberto.

O rolo começou com um vídeo que explodiu nas redes em março passado. Nas imagens (que você provavelmente viu repostado até cansar), as moças apareciam abordando crianças negras numa praça da Zona Sul carioca. A "pegadinha"? Oferecer fruta e bicho de pelúcia enquanto faziam comentários de duplo sentido.

O peso da sentença

Pra quem tá achando exagero, o juiz foi categórico: "Não se trata de mero deslize ou humor duvidoso. São estereótipos racistas escancarados, com agravante de vitimar menores". A defesa tentou argumentar "liberdade criativa", mas aí já era tarde demais — o estrago nas redes sociais tinha sido feito.

Detalhe que pegou geral: além da prisão, as duas terão que:

  • Pagar multa de 15 salários mínimos
  • Fazer curso sobre relações étnico-raciais
  • Indenizar as famílias das crianças (valor não divulgado)

Nas ruas do Leblon, a opinião pública tá dividida. Enquanto uns comemoram a decisão como marco no combate ao racismo, outros murmuram sobre "censura" e "excesso de politicamente correto". Mas vamos combinar: em 2025, ainda precisar explicar por que macaco não é piada?

Efeito dominó digital

As plataformas onde as influenciadoras atuavam já deletaram todos os perfis. Marcas patrocinadoras correram para se desvincular — um verdadeiro "efeito Carrefour" nas redes. Especialistas em direito digital alertam: esse caso vai virar precedente para processos similares.

"A internet não é terra sem lei", dispara a promotora responsável pelo caso. "Quando o discurso de ódio vira entretenimento, alguém tem que pagar o pato." E dessa vez, o pato foi bem gordo.

Enquanto isso, nas quebradas do Rio, o papo é outro. "Demorou", solta uma mãe que prefere não se identificar. "Meu filho de 7 anos já sabe que não pode rir quando chamam ele de macaco na escola. Cadê a graça nisso?"