Um idoso de 81 anos foi libertado de uma situação de extrema degradação na última quinta-feira (4), em um sítio localizado no município de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, Bahia. A ação de resgate foi realizada após investigações da Polícia Civil baiana, que apontavam que o homem vivia em condições que comprometiam sua saúde, segurança e dignidade.
Condições degradantes e retenção de benefício
Segundo as apurações policiais, o idoso trabalhava no local como caseiro. A investigação revelou que ele tinha seu benefício previdenciário retido pelo responsável pela propriedade, configurando um dos crimes em análise. A vítima foi encontrada em estado de completo abandono, com violações graves aos seus direitos fundamentais.
Após ser retirado do local, o homem foi imediatamente encaminhado para atendimento especializado. Ele recebe acolhimento e suporte das secretarias municipais de Assistência Social e de Saúde de Simões Filho, que avaliam suas condições e prestam os cuidados necessários.
Investigação em andamento e possíveis crimes
Até o momento, ninguém foi preso, mas a investigação segue para apurar todos os detalhes do caso. A Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso, com apoio do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis, conduz os trabalhos.
Os responsáveis pela propriedade podem responder por uma série de crimes, incluindo:
- Abandono de vulnerável
- Redução à condição análoga à de escravo
- Apropriação indébita de proventos (o benefício previdenciário)
- Outros delitos previstos na legislação
A ação faz parte da Operação Legado Vivo, uma iniciativa das forças de segurança com o objetivo específico de combater crimes praticados contra pessoas idosas.
Como denunciar casos semelhantes
Para denunciar situações de trabalho análogo à escravidão ou violações de direitos humanos, a população pode utilizar diferentes canais:
- Sistema Ipê: canal online do Ministério do Trabalho.
- Disque 100: serviço que funciona 24 horas por dia, garantindo sigilo. Também é possível fazer denúncias via WhatsApp pelo número (61) 99611-0100.
- Outras opções incluem o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Polícia Federal e sindicatos de classe.
As autoridades reforçam a importância das denúncias para interromper ciclos de violência e exploração, especialmente contra grupos vulneráveis como os idosos.