A Polícia Civil da Bahia prendeu, na quinta-feira (4), um idoso de 67 anos suspeito de cometer estupro contra a própria neta, uma criança de 12 anos. O crime ocorreu em Lauro de Freitas, cidade da Região Metropolitana de Salvador.
Abusos começaram em 2025 e eram seguidos de ameaças
De acordo com as investigações, os abusos sexuais tiveram início no começo deste ano de 2025. O último ato foi registrado na tarde do dia 25 de novembro, logo após a estudante sair da escola. A vítima só conseguiu relatar a situação às autoridades após contar o ocorrido no ambiente escolar, o que acionou a polícia.
Os depoimentos colhidos pela polícia indicam que as violências aconteciam na casa do investigado. Para garantir o silêncio da menina e de outros familiares, o avô ameaçava a vítima e sua família, tentando impedir que o crime fosse denunciado.
Investigado foi preso em casa e encaminhado à Polinter
O homem foi localizado e preso na residência onde mora. Ele foi conduzido inicialmente à 27ª Delegacia Territorial (DT) de Itinga, que é a unidade responsável pelas investigações do caso. Após os procedimentos iniciais, o suspeito foi encaminhado à Polinter, onde permanece à disposição da Justiça, aguardando as próximas etapas do processo legal.
A criança vítima dos abusos foi atendida pela rede de proteção e, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), passará por acompanhamento especializado do serviço psicossocial.
Outro caso de violência intrafamiliar registrado no mesmo dia
Também na quinta-feira (4), a polícia prendeu um segundo homem, desta vez na zona rural de Correntina, no oeste baiano. O indivíduo, de 45 anos, é suspeito de estuprar os próprios filhos: uma jovem de 20 anos e um adolescente de 14.
O último abuso neste caso ocorreu em 22 de novembro. As investigações apontam que o pai chegou em casa embriagado e forçou o filho menor de idade a praticar atos sexuais. Para coagir a família, ele usava uma arma de fogo para ameaçar de morte os familiares, garantindo o silêncio sobre os crimes.
O histórico do investigado de Correntina inclui registros anteriores de denúncias por violências sexuais e ameaças com uso de armamento artesanal e facas, nos anos de 2022 e 2023. Ele foi levado à Delegacia Territorial de Correntina e também está à disposição da Justiça.
Os dois casos, embora ocorridos em cidades diferentes, evidenciam a gravidade da violência sexual intrafamiliar e a importância da denúncia e da atuação rápida das autoridades policiais e dos órgãos de proteção à criança e ao adolescente.