Uma história de amor e generosidade que transcende a vida. Maria Salete Machado, de 73 anos, tinha um sonho que carregava consigo há muito tempo: ser doadora de órgãos. No último sábado (19), em Blumenau, Santa Catarina, seu desejo se concretizou de maneira emocionante.
Após sofrer morte cerebral decorrente de um acidente vascular cerebral (AVC), Maria Salete se tornou uma heroína para três pessoas que aguardavam por um transplante. Seus rins e fígado foram doados, dando uma segunda chance à vida para pacientes que dependiam desses órgãos para sobreviver.
O legado de uma vida dedicada aos outros
Maria Salete não era uma doadora comum. Ela havia expressado claramente sua vontade de ser doadora para a família, mostrando uma consciência rara sobre a importância desse gesto. "Ela queria muito ser doadora", revelou uma familiar, emocionada pelo cumprimento do último desejo da idosa.
O processo de doação foi coordenado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) em parceria com o hospital onde Maria Salete estava internada. A eficiência da equipe médica garantiu que os órgãos chegassem rapidamente aos receptores, todos moradores de Santa Catarina.
Transformando luto em esperança
Enquanto uma família se despedia de sua ente querida, três outras recebiam a notícia que há muito esperavam: havia um órgão compatível para seu familiar. O gesto de Maria Salete demonstra como a doação de órgãos pode transformar momentos de profunda tristeza em histórias de renovada esperança.
Os transplantes foram realizados com sucesso em diferentes hospitais do estado, marcando o início de uma nova jornada para os receptores e suas famílias.
Um exemplo que inspira
A história de Maria Salete serve como um potente lembrete sobre a importância de manifestar claramente a vontade de ser doador para os familiares. No Brasil, mesmo com o consentimento presumido pela lei, a autorização da família ainda é fundamental para que a doação aconteça.
Seu legado vai além da vida salva. Ela deixa uma mensagem poderosa sobre solidariedade, amor ao próximo e a capacidade de fazer a diferença mesmo após partir. Uma verdadeira lição de que a generosidade não tem fim.
