Uma idosa de 85 anos foi vítima de um cruel golpe do falso sequestro na cidade de Urupês, interior de São Paulo. O criminoso manteve a senhora em estado de choque durante aproximadamente seis horas em ligação telefônica, enquanto simulava o sequestro da filha dela e exigia o pagamento de resgate.
Seis horas de tortura psicológica
De acordo com relatos do neto da vítima, Maurício Júnior, a idosa sofreu intensa tortura psicológica durante as longas horas de ligação. Assim que atendeu o telefone, a senhora ouviu a voz de uma mulher chorando que se identificou como sendo sua filha, além de mencionar que o irmão também estaria sequestrado.
"Ela já estava chorando, meu avô estava em pânico, chorando também, e nisso ela entregou o que ela tinha, o dinheiro que ela tinha da aposentadoria dela", contou o neto em entrevista à TV TEM. A situação se agravou quando, 15 minutos após a primeira entrega, o criminoso voltou à residência exigindo mais valores.
Esquema criminoso e prejuízo irreparável
Segundo investigações da Polícia Civil, os criminosos atuavam em dupla. Enquanto um mantinha a idosa na linha telefônica, outro foi até a casa da vítima em Urupês para recolher joias e o dinheiro. As joias, que possuíam valor sentimental inestimável por serem guardadas pela idosa desde sua infância, não foram recuperadas.
O prejuízo material e emocional foi considerado inestimável pela família, que viu a idosa ser submetida a uma situação traumática que deixou sequelas psicológicas.
Prisão e investigações
Na terça-feira (11), a polícia conseguiu identificar e prender temporariamente um dos suspeitos envolvidos no crime. O homem preso possui passagens policiais anteriores, incluindo uma por tentativa de homicídio, demonstrando seu histórico criminal.
O segundo envolvido no golpe continua foragido, segundo a última atualização das investigações. A polícia segue com as buscas para localizá-lo e completar o trabalho de desarticulação desta quadrilha especializada em golpes contra idosos.
O caso serve como alerta para famílias com parentes na terceira idade, principalmente em um momento onde golpes telefônicos têm se tornado cada vez mais frequentes no país, explorando a vulnerabilidade emocional das vítimas.
