
Numa das regiões mais movimentadas de Campinas, uma cena chocou os vizinhos: uma senhora, já com idade avançada, vivia sozinha numa casa que mal podia ser chamada de lar. Paredes descascando, chão úmido e — o pior — nenhum sinal de alimento. Quem passa por ali nem imagina o drama silencioso que se esconde atrás daquelas portas.
"Parecia um filme de terror, mas era a vida real", conta uma moradora que preferiu não se identificar. A idosa, frágil como um passarinho no inverno, foi encontrada por acaso quando um entregador notou algo estranho. A sorte é que ele resolveu investigar.
O que as autoridades estão fazendo?
A Assistência Social entrou em cena rápido, mas não dá pra dizer que foi rápido demais. A senhora já estava naquela situação há quem sabe quanto tempo. Agora, além de cuidar dela, tão importante quanto, estão tentando descobrir: cadê a família?
- Equipes visitaram endereços cadastrados
- Consultaram vizinhos e conhecidos
- Verificaram registros públicos
Até agora, nada. E a pergunta que não quer calar: como alguém simplesmente esquece uma pessoa dessas? Não é como perder uma chave de casa, gente.
O retrato da vulnerabilidade
O caso escancara um problema que muita gente finge não ver. Idosos abandonados não são raros — são invisíveis. Campinas, cidade que se orgulha do desenvolvimento, tem suas feridas sociais bem escondidas atrás dos shoppings e condomínios.
Enquanto isso, a senhora (cujo nome não foi divulgado, e com razão) recebe cuidados básicos. Comida, remédios, um teto que pelo menos não pinga. Mas e o resto? Afeto, memórias, histórias pra contar — isso ninguém da prefeitura pode fornecer.
Se você sabe de algo, qualquer coisinha, não fique aí parado. Até um detalhe bobo pode ser a peça que falta nesse quebra-cabeça triste. A Assistência Social de Campinas está de plantão — e a sociedade também devia estar.