
Imagine a cena: você está tranquilo, fazendo um saque no caixa eletrônico, quando de repente tudo vira de cabeça para baixo. É exatamente isso que bandidos especializados em aplicar o chamado "golpe do cartão trocado" estão fazendo com pessoas da terceira idade em Uberlândia e região do Triângulo Mineiro.
E olha que a tática é bem elaborada — não é qualquer amadorismo. Os criminosos agem em dupla, sempre escolhendo vítimas mais velhas, aquelas que podem ficar mais confusas diante de uma situação inesperada.
Como funciona a artimanha?
Pois bem, vou detalhar como essa armadilha funciona. Enquanto o idoso digita sua senha, um dos bandidos se aproxima fingindo ajudar — mas já está de olho no código secreto. O outro, então, distrai a vítima com alguma conversa fiada ou fazendo cair moedas no chão.
E não para por aí. Na hora de devolver o cartão, o meliante faz a troca: entrega um cartão qualquer, da mesma cor, mas que não funciona. Simples assim. O seu cartão legítimo fica com ele, e a senha — essa já foi capturada ali mesmo, na sua frente.
O resultado? Em questão de minutos, sua conta pode ser esvaziada. E o pior: quando você percebe o golpe, já era tarde demais.
As câmeras não mentem
As imagens de segurança — que circulam pelas delegacias — mostram a frieza com que esses indivíduos agem. Eles parecem pessoas comuns, bem vestidas, nada daquela aparência de bandido que vemos nos filmes. Mas a malandragem é a mesma de sempre.
Um detalhe importante: os ataques estão acontecendo principalmente nos caixas 24 horas, aqueles que ficam em áreas mais isoladas ou com pouco movimento. Os bandidos sabem que nessas condições as vítimas ficam mais vulneráveis.
Proteja-se: dicas que valem ouro
- Nunca aceite ajuda de estranhos no caixa eletrônico — por mais simpáticos que pareçam
- Confira sempre o cartão antes de guardá-lo. Olhe o nome, verifique se é realmente o seu
- Se alguém se aproximar demais, cancele a operação imediatamente
- Prefira caixas dentro de agências bancárias, especialmente nos horários de movimento
- Não conte sua senha para ninguém — nem mesmo para funcionários do banco
E tem mais uma coisa: se notar qualquer comportamento estranho, não hesite em ligar para a polícia. Melhor prevenir do que remediar, como diz o velho ditado.
As autoridades já estão alertas sobre o caso, mas a verdade é que a melhor defesa ainda é a atenção. Esses golpistas contam justamente com a distração das vítimas — e com a vergonha que muitas pessoas sentem em admitir que caíram no conto do vigário.
Portanto, espalhe essa informação. Converse com seus pais, avós, vizinhos mais idosos. Às vezes, um simples alerta pode evitar uma dor de cabeça enorme — e um prejuízo que, para muitos aposentados, pode significar o sustento do mês inteiro.
Fique esperto! Como costumava dizer meu avô: contra esperteza, esperteza e meia.