
Imagens que são um verdadeiro soco no estômago. É a única forma de descrever o vídeo que circula nas redes sociais, mostrando uma cena de arrepiar: um menino, que mal deve conseguir alcançar os pedais da bicicleta, no comando de uma motocicleta, fazendo manobras que fariam um piloto experiente pensar duas vezes.
A criança, com apenas dez anos de vida, foi flagrada pilotando o veículo de duas rodas em uma área de terra. O pior? Ele não estava apenas dando uma voltinha tranquila. Não mesmo. O garoto realizava inclinações perigosíssimas, erguendo a roda dianteira da moto em um ato de imprudência que beira o inacreditável.
Onde estavam os responsáveis? Essa é a pergunta que não quer calar. Pois bem, a justiça já começou a busca por respostas. A Delegacia de Polícia de Alto Paraná, no norte do estado, abriu um inquérito para apurar a fundo essa história que mistura irresponsabilidade grossa com um perigo de vida real.
Pai é Alvo das Investigações
O alvo principal das investigações é ninguém menos que o pai do menino. A suspeita que paira no ar – e que parece bastante óbvia, diga-se de passagem – é de que ele não apenas sabia da pequena proeza do filho, como possivelmente *permitiu* ou até *incentivou* a arriscadíssima aventura. Que tipo de exemplo é esse?
O delegado Tiago Moreira, que está à frente do caso, não usou meias-palavras. Ele confirmou que as imagens são assustadoras e deixam claro o enorme risco a que a criança foi exposta. "Estamos apurando todas as circunstâncias para identificar o responsável pela moto e por ter colocado a criança nessa situação", declarou, em um típico eufemismo policial para "vamos caçar quem fez essa burrice colossal".
O Risco Real que Vai Além do Vídeo Viral
É tentador ver o vídeo como apenas mais um conteúdo viral, um daqueles que a gente compartilha com um "olha só isso!" seguido de um emoji de choque. Mas a verdade é que a situação é gravelmente séria. Especialistas em segurança não cansam de alertar: pilotagem de motocicleta exige maturidade, treinamento e, claro, a idade legal mínima.
Colocar uma criança nesse contexto não é apenas uma falta de juízo; é uma negligência que poderia ter terminado em tragédia. Um buraco maldito no chão, uma pedra que não foi vista, um movimento em falso… bastava um segundo para o susto se transformar em uma cena de horror. E aí, seria tarde demais para arrependimentos.
O caso agora segue nas mãos da justiça, que vai determinar a medida mais adequada – que pode ser, pasmem, a quebra do sigilo bancário do pai para analisar sua situação financeira em detalhes. Parece drástico? Talvez. Mas quando o assunto é a segurança de uma vida que mal começou, talvez drástico seja exatamente o que precisamos.