Operação policial na Maré deixa criança ferida dentro de escola
Um menino de apenas 10 anos foi atingido por um tiro na perna dentro de uma escola no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, durante a manhã desta quarta-feira, 26 de novembro de 2025. O incidente ocorreu durante uma operação emergencial da Polícia Civil que gerou intensos tiroteios na região.
Estado de saúde e atendimento médico
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o estado de saúde da criança é considerado estável. Após receber o primeiro atendimento através de uma ambulância, o menino seria transferido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas para continuar o tratamento médico necessário.
Operação policial e disputa territorial
A ação policial foi realizada pela Subsecretaria de Inteligência e pela Coordenadoria de Recursos Especiais. A operação foi desencadeada por informações sobre a movimentação de criminosos fortemente armados envolvidos em uma disputa por território entre facções rivais na Vila do João, uma das comunidades que compõem o complexo da Maré.
Impactos na região e instituições de ensino
O tiroteio impactou severamente toda a região, forçando o fechamento de quatro unidades de saúde e a suspensão das aulas em diversas escolas. A violência também atingiu a Faculdade de Matemática da UFRJ no Fundão, onde duas balas penetraram o prédio, levando à suspensão imediata das atividades presenciais.
A Fiocruz, importante instituição de pesquisa localizada nas proximidades, orientou seus servidores e estudantes a permanecerem dentro dos prédios como medida de segurança. A instituição também interrompeu temporariamente o transporte entre seus diferentes campi.
Dados alarmantes sobre violência contra crianças
Dados do Instituto Fogo Cruzado revelam uma situação preocupante: apenas em 2025, 16 crianças de até 11 anos já foram baleadas na Região Metropolitana do Rio. Este triste balanço resulta em três mortes e treze feridos, destacando o impacto da violência armada sobre a população mais jovem.
Em dias de operação policial em comunidades, as famílias residentes enfrentam dificuldades adicionais, sendo impedidas de acessar serviços básicos essenciais, como postos de saúde, creches e escolas, conforme relatado por moradores da região.