Coordenadora pedagógica presa por tortura de crianças em creche do Rio
Coordenadora presa por tortura em creche do Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou uma prisão em flagrante que chocou a comunidade nesta quinta-feira, dia 4. Daniela de Oliveira Bispo, que trabalhava como coordenadora pedagógica em uma creche, foi detida sob a acusação de praticar tortura contra crianças.

Detenção ocorreu na Zona Norte

O mandado de prisão foi cumprido no bairro do Méier, na Zona Norte da cidade, onde a suspeita atuava atualmente. Segundo as informações da polícia, Daniela não resistiu à prisão e foi conduzida à delegacia. A operação contou com o apoio de agentes da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade, que auxiliaram os investigadores da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).

Crimes ocorreram em unidade de Copacabana

As investigações apontam que os supostos atos de violência não aconteceram no Méier, mas sim em uma creche localizada no famoso bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio. De acordo com a Dcav, pelo menos quatro crianças, todas alunas da instituição, foram vítimas da coordenadora pedagógica.

Os métodos de agressão descritos pelas autoridades são graves. A principal suspeita é de que Daniela sufocava as crianças enquanto as alimentava. Além disso, ela também seria responsável por puxar os cabelos dos pequenos alunos e por segregar os que eram punidos em uma sala isolada.

Reação das crianças e descoberta do caso

As primeiras denúncias que chegaram à polícia são do ano de 2024. O comportamento das crianças foi determinante para que as agressões viessem à tona. Os pais e responsáveis começaram a notar que os pequenos demonstravam medo da coordenadora e relutância em entrar na escola.

Outro sinal de alerta foi o desenvolvimento de dificuldades na hora de se alimentar, um possível reflexo traumático dos supostos sufocamentos ocorridos durante as refeições na creche. Essas mudanças de comportamento motivaram as famílias a buscarem ajuda e a formalizarem as queixas.

A investigação foi conduzida de forma minuciosa pela Dcav, que reuniu provas e depoimentos antes de solicitar a prisão em flagrante da coordenadora pedagógica. O caso segue sob análise da Justiça, e Daniela de Oliveira Bispo responderá pelos atos dos quais é acusada.