Tragédia em Campo Grande: Catador é Esfaqueado e Enterrado no Próprio Quintal
Catador esfaqueado e enterrado no quintal em CG

Uma cena que parece saída de um filme de terror se tornou realidade em Campo Grande, e olha que não é exagero dizer isso. Naquele típico bairro residencial, onde crianças brincam na rua e vizinhos trocam receitas, aconteceu algo que ninguém esperava.

Era supostamente um trabalhador, um daqueles guerreiros invisíveis que fazem a cidade funcionar. Recolhia materiais recicláveis — garrafas, papéis, latas — tudo que a gente descarta sem pensar duas vezes. Mas dessa vez, ele não voltou para casa.

O que a polícia descobriu

Quando os agentes chegaram à residência no Jardim Seminário, encontraram algo que, francamente, é difícil de digerir. O homem, cuja identidade ainda não foi totalmente confirmada — embora se fale que tinha por volta de 40 anos — foi atacado com uma frieza que chega a doer.

Multiple facadas. A expressão é seca, técnica, mas carrega uma violência que poucos conseguem imaginar. E o pior — se é que pode piorar — veio depois.

Alguém, com um cálculo macabro, decidiu que o quintal da própria casa serviria de cova. Cavou um buraco de aproximadamente um metro e meio de profundidade e lá deixou o corpo. Como se fosse possível apagar uma vida como quem esconde o lixo.

A investigação avança

Os peritos do IC trabalharam no local praticamente o dia todo. Fotografaram cada detalhe, coletaram amostras, mediram distâncias. Aquele quintal, que deveria ser lugar de churrascos em família ou de horta, transformou-se em cena de crime.

Duas pessoas já estão sendo questionadas. A polícia é cautelosa com as informações, mas parece claro que não foram desconhecidos. O que leva alguém a fazer isso com quem conhece? É o que todos perguntam.

O caso agora está nas mãos do delegado Fábio Monteiro, que coordena as investigações no DP de Homicídios. Ele confirmou que o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, onde peritos farão novos exames.

Uma vida interrompida

Enquanto a burocracia do crime segue seu curso, fica a pergunta: quem era esse homem? Pelas poucas informações, trabalhava na reciclagem — ofício digno, essencial para nossa cidade, mas tão pouco valorizado.

Quantos como ele passam pelas nossas ruas todos os dias sem que notemos? Recolhem o que descartamos, limpam nossa cidade, e seguem invisíveis. Até que uma tragédia como esta os coloca no centro das atenções.

A comunidade do Jardim Seminário está, naturalmente, abalada. Vizinhos comentam entre si, com aquela voz baixa que se usa quando o assunto é pesado demais. Uns falam em medo, outros em indignação. A maioria, em simples incredulidade.

Como algo assim pode acontecer aqui, no nosso quintal — literalmente?

O caso lembra aquelas histórias que a gente lê e espera que nunca cheguem perto. Mas chegaram. E agora, resta esperar que a justiça — essa entidade às vezes lenta, mas necessária — faça seu trabalho.

Enquanto isso, em algum lugar de Campo Grande, uma família chora. E um catador de recicláveis não voltará para casa.