Casal recebe pena histórica por crimes contra crianças em Minas Gerais
Um casal foi condenado a mais de 70 anos de prisão pela prática reiterada de crimes sexuais contra crianças e adolescentes em Três Marias, na região Central de Minas Gerais. A sentença, divulgada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), representa uma das mais severas aplicadas na região para casos desta natureza.
Crimes cometidos entre 2021 e 2024
As investigações apuraram que os abusos ocorreram continuamente entre os anos de 2021 e 2024, envolvendo cinco vítimas que eram todas crianças ou adolescentes na época dos fatos. Segundo o MPMG, as vítimas eram atraídas e mantidas na residência dos acusados mediante a oferta de presentes, dinheiro, refeições e apoio material.
O método utilizado pelos criminosos explorava situações de vulnerabilidade social e emocional das vítimas, conforme detalhado em nota oficial do Ministério Público. A sentença judicial ressaltou que os crimes eram cometidos com extrema violência, manipulação e uso indevido de autoridade sobre as crianças e adolescentes.
Múltiplos crimes reconhecidos pela Justiça
A Justiça reconheceu a prática de diversos delitos graves, incluindo:
- Estupro de vulnerável
- Estupro mediante grave ameaça
- Exploração sexual
- Produção, divulgação e armazenamento de pornografia infantil
- Outras infrações previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente
Parte dos atos criminosos era registrada através de vídeos e fotografias, que ficavam armazenados em telefones celulares e ambientes digitais dos acusados. Esta prática agravou a situação legal do casal, caracterizando a produção e armazenamento de material de pornografia infantil.
Reparação para as vítimas
Além da condenação penal, a Justiça estabeleceu indenização mínima de 50 salários mínimos para cada uma das vítimas de crimes sexuais consumados. O valor foi fixado a título de reparação pelos danos morais causados, considerando a gravidade extrema e o profundo abalo psicossocial sofrido pelas crianças e adolescentes.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados oficialmente para preservar a identidade das vítimas. O Ministério Público optou por não revelar detalhes adicionais sobre o caso, mantendo o sigilo necessário para proteger as vítimas de qualquer exposição adicional.
O caso ocorrido em Três Marias serve como alerta para a importância da denúncia e do combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, crimes que muitas vezes ocorrem de forma silenciosa e exploram situações de vulnerabilidade.