BH: Mais de 600 ataques a profissionais de saúde em 2025 — um retrato alarmante da violência
BH: 600+ casos de violência contra saúde em 2025

Não é exagero dizer que os jalecos brancos estão virando alvo em Belo Horizonte. Só neste ano — e estamos só em agosto —, a capital mineira já contabiliza mais de 600 casos de violência contra quem deveria ser tratado como herói: médicos, enfermeiros e toda a equipe que mantém os hospitais de pé.

Os números, que parecem saídos de um roteiro distópico, mostram um aumento de quase 30% em relação ao mesmo período de 2024. E o pior? A maioria esmagadora acontece dentro das próprias unidades de saúde.

O que está por trás dessa epidemia de violência?

Conversando com profissionais no café do Hospital João XXIII, a gente entende o desgaste:

  • Pacientes e familiares exasperados por longas esperas
  • Falta de estrutura crônica (ah, essa velha conhecida...)
  • E o que ninguém quer admitir: a sociedade está perdendo o respeito por quem salva vidas

"Ontem mesmo uma colega levou um soco porque 'demorou' a atender uma dor de barriga", conta uma enfermeira que prefere não se identificar — ironicamente, por medo de represálias.

E as soluções? Cadê?

O Conselho Regional de Medicina soltou um comunicado cheio de juridiquês, mas na prática... Bem, você sabe como é. Enquanto isso, alguns hospitais estão:

  1. Contratando seguranças particulares (com orçamento que não existe)
  2. Fazendo treinamentos de defesa pessoal (sim, para médicos!)
  3. Instalando botões de pânico em postos de enfermagem

Mas será que isso resolve? Ou estamos apenas medicalizando um problema que é social, estrutural? Fica a dúvida — e o gosto amargo de quem trabalha com medo.