Uma bebê de apenas um ano de idade, vítima de um disparo na cabeça durante um ataque a tiros em Japeri, na Baixada Fluminense, recebeu alta hospitalar no último sábado, dia 29. A criança havia sido ferida no dia 18 de junho, quando o carro em que estava com a família foi alvejado por traficantes.
Detalhes do ataque violento
De acordo com o relato da mãe, a família voltava de uma pizzaria em Queimados, onde comemorava o aniversário de um parente. No carro estavam o casal, a bebê e uma enteada. Ao chegarem à comunidade São Jorge, em Engenheiro Pedreira, para deixar a enteada na casa da avó, o pai seguiu os procedimentos de segurança comuns na região: ligou o alerta e abaixou os faróis do veículo.
Nesse momento, um outro carro se aproximou e seus ocupantes abriram fogo contra o veículo da família. Um dos tiros atingiu a cabeça da menina de um ano. Moradores intervieram, alertando aos criminosos que as vítimas eram residentes da própria comunidade, o que fez com que os disparos cessassem.
Trajetória do socorro e recuperação
A criança foi socorrida inicialmente na Policlínica de Japeri. Devido à gravidade do ferimento, foi transferida para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. A direção do hospital informou que o projétil não perfurou o crânio, mas causou uma fratura que exigiu intervenção cirúrgica.
"Após o período de internação, a criança recebeu alta hospitalar na tarde deste sábado (29), com encaminhamento para acompanhamento ambulatorial", detalhou a nota oficial da unidade de saúde. A bebê passou por uma cirurgia bem-sucedida para correção da fratura.
Investigação em andamento
A Polícia Civil confirmou que o caso está sendo investigado pela 63ª DP (Delegacia de Polícia) de Japeri. A tia do pai da bebê relatou às autoridades que o ataque foi realizado por traficantes da comunidade, que é dominada pela facção criminosa Comando Vermelho. Até o momento, o motivo específico do ataque permanece desconhecido.
O episódio chocou moradores da região e reacendeu o debate sobre a violência urbana e a segurança de civis, especialmente crianças, em áreas afetadas por conflitos entre facções e ações criminosas na Baixada Fluminense.