Autista de 29 anos agredido por 4 homens por camisa do Fortaleza
Autista agredido por usar camisa do Fortaleza em Fortaleza

Um homem diagnosticado com autismo foi vítima de violência extrema na noite de quarta-feira (26) no Bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza. Guilherme Medeiros de Souza, de 29 anos, foi agredido por quatro indivíduos simplesmente por vestir uma camisa de torcida organizada do Fortaleza Esporte Clube.

Agressão covarde registrada em câmera

O ataque violento foi registrado por câmeras de segurança do local. As imagens mostram os momentos em que os agressores chegaram até onde Guilherme estava sentado tranquilamente em frente ao comércio da família. Os quatro homens seguraram a vítima pela camisa e desferiram múltiplos murros no rosto e pancadas por todo o corpo.

Além da agressão física, os criminosos tentaram forçosamente retirar a camisa de torcida que Guilherme vestia. A violência só cessou quando a mãe do jovem, Lúcia Helena Medeiros de Souza, correu para a rua ao ouvir os gritos do filho sendo espancado.

Consequências do ataque e relato emocionado da mãe

Guilherme sofreu ferimentos significativos com a agressão, incluindo um corte profundo na boca e diversos arranhões pelo corpo. Ele precisou ser socorrido por familiares imediatamente após o ataque.

Em entrevista, Lúcia Helena desabafou sobre o ocorrido: "Puxaram ela pela camisa, derrubaram no chão. Quando saí vi meu filho ensanguentado". A mãe ainda revelou que Guilherme é apaixonado pelo time do Fortaleza, mas não compreende as dinâmicas das torcidas organizadas devido à sua condição de autismo.

Ataque premeditado contra vulnerável

Segundo relatos da família, os agressores haviam passado pelo comércio anteriormente e esperaram o momento em que Guilherme ficaria sozinho para executar o ataque. A mãe expressou sua indignação: "A gente fica com medo, pois foi uma agressão a troco de nada. Meu filho é autista e não mexe com ninguém, pelo contrário, ele é bastante querido por todo mundo".

O caso ocorreu especificamente no Bairro Conjunto Ceará, na capital cearense, e já está sendo investigado pelas autoridades competentes. Os quatro agressores fugiram do local imediatamente após a intervenção da mãe da vítima e permanecem foragidos.