
Imagine treinar anos para a chance da sua vida e, do nada, tudo quase virar pó por causa de uma mala que some no aeroporto. Foi exatamente isso que quase aconteceu com um judoca brasileiro autista — cujo nome a gente ainda não pode revelar — rumo ao Campeonato Pan-Americano na Argentina.
O caos começou quando a LATAM, sabe como é?, simplesmente perdeu a bagagem dele no voo. E não era qualquer mala: lá dentro estava o quimono oficial, aquele uniforme sagrado sem o qual ele não poderia nem pisar no tatame.
Desespero nos corredores do aeroporto
Chegando em Córdoba, o atleta e a comissão técnica deram de cara com o vazio. Nada de mala. Nada de quimono. E o relógio correndo — a competição começaria em poucas horas.
— A gente entrou em modo de crise total — contou alguém da delegação, que preferiu não se identificar. — Era como enxugar gelo. Liga pra LATAM, explica a situação, e só ouvimos: “estamos procurando”.
Solidariedade à brasileira
Mas é nessas horas que a gente vê o que vale a união. Atletas de outros países, vendo o desespero do brasileiro, se mobilizaram. Ofereceram quimonos, apoio moral, até ajuda pra pressionar a airline. Coisa de fazer crescer água nos olhos, sério.
— A comunidade do judô é uma família — comentou um dos organizadores, visivelmente emocionado. — Ninguém fica pra trás.
Ainda bem que a história teve final feliz
Depois de horas de angústia — e muita pressão — a mala apareceu. Milagre? Sorte? Intervention divina? Difícil dizer. Mas o fato é que o atleta pegou o quimono em cima da hora, competiu e, mesmo sob enorme estresse, deixou sua marca no Pan.
Ah, e detalhe: a LATAM, até onde se sabe, nem se desculpou direito. Que coisa, não?
O caso reacende o debate sobre como companhias aéreas tratam passageiros com necessidades especiais — e como o esporte, às vezes, precisa lutar contra barreiras que vão muito além do tatame.