
Imagina só: você está voltando pra casa, cansada, no ônibus, e do nada um completo estranho decide que seu corpo é território público. Foi exatamente isso que aconteceu com uma adolescente em Londrina, no Paraná, nesta terça-feira (20). Um sujeito, que parecia comum — mas que escondia uma audácia doentia —, foi flagrado por câmeras de segurança praticando assédio sexual dentro do coletivo.
O negócio foi rápido, sorrateiro, mas não passou batido. As câmeras — aquelas testemunhas silenciosas que ninguém nota até o pior acontecer — capturaram tudo. O indivíduo se aproximou da jovem, que estava sentada, e… bem, fez o que fez. Tocou sem permissão. Invadiu. Desrespeitou. A reação dela, de congelar na hora, é clássica — e de cortar o coração de qualquer um que já tenha sentido aquela paralisia do medo.
O Vídeo que Não Deixa Mentir
As imagens, que circulam nas redes — e obviamente viralizaram, porque o Brasil é um país que ainda se espanta com a falta de caráter —, mostram cada movimento. O jeito como ele se aproxima, o toque indevido, e depois a saída fria, como se nada tivesse acontecido. Covardia pura, né? Mas a sorte — se é que podemos chamar assim — é que tudo ficou registrado.
E não parou por aí. Outras passageiras, que viram a cena, reagiram. Umas gritaram, outras correram atrás do meliante. A solidariedade feminina, em momentos assim, é quase um instinto de sobrevivência coletiva. Alguém acionou a empresa de transporte, que acionou a polícia. E o cara, é claro, tentou fugir. Mas não deu.
Delegacia, Boletim, e a Busca por Justiça
O caso foi parar na Delegacia da Mulher de Londrina. A adolescente, abalada — e quem não ficaria? —, prestou queixa. Agora, as autoridades correm atrás de identificar o suspeito, que sumiu depois do ocorrido. A Polícia Civil já adiantou que está analisando as imagens e seguindo pistas.
É mais um daqueles casos que faz a gente pensar: até quando? Até quando mulheres vão precisar calcular cada passo, cada olhar, cada lugar onde sentam num transporte público? A sensação de insegurança é diária, e episódios como esse só reforçam o que já sabemos: o assédio é epidêmico.
Enquanto isso, a menina tenta retomar a normalidade — se é que isso ainda existe depois de uma violação dessas. E a cidade fica mais uma vez alerta: olhos abertos, celulares prontos, e a esperança — teimosa — de que a justiça chegue rápido.