
O coração de uma família em Mato Grosso não para de apertar. Há três dias, o relógio da angústia não para de correr. Maria Eduarda — ou simplesmente Duda, como preferem chamá-la — sumiu sem deixar pistas. A menina de 16 anos não é uma adolescente qualquer: ela carrega consigo uma condição que transforma cada minuto de desaparecimento em uma eternidade de desespero.
Precisa de um transplante de rim. Urgentemente.
O desaparecimento que ninguém viu chegar
A última vez que alguém viu Duda foi na terça-feira, por volta das 14h. Ela estava em casa, no bairro Jardim Fortaleza, em Várzea Grande — aquela região metropolitana de Cuiabá que sempre parece estar em movimento. De repente, simplesmente evaporou. Não avisou, não deixou bilhete, não atende mais o telefone.
Três dias se passaram. Setenta e duas horas que devem ter parecido séculos para uma mãe que sabe que a filha depende de cuidados médicos constantes.
Uma vida entre hospitais e esperança
Duda integra aquela lista — aquela que ninguém quer fazer parte — de pacientes à espera de um órgão que pode salvar sua vida. Seu rim parou de funcionar direito, e as sessões de hemodiálise se tornaram sua rotina mais constante do que a escola.
Imagina só: uma garota que deveria estar pensando em festas, primeiros amores e planos para o futuro, precisa se preocupar com exames, medicamentos e a espera agonizante por um telefonema que pode mudar tudo.
E agora, esse mesmo futuro — tão frágil — está em suspenso.
O retrato de uma menina que o mundo precisa encontrar
Quando sumiu, Duda vestia uma calça jeans e uma blusa branca. Cabelos castanhos, altura média — 1,65m — e aqueles olhos que, segundo a família, "sorriam mesmo quando a boca não acompanhava".
A Polícia Militar já foi acionada, é claro. O boletim de ocorrência tem o número 2025-29022, mas os policiais — coitados — parecem estar tão perdidos quanto todo mundo. Não há pistas concretas, não há testemunhas, não há câmeras que tenham capturado seu paradeiro.
É como se o asfalto quente de Mato Grosso tivesse engolido uma menina inteira.
O desespero que não cabe em palavras
"Ela não some assim, não é do feitio dela", repete a mãe, entre um suspiro e outro. O que ela não diz — mas todos sabemos — é que o sumiço de qualquer adolescente já seria aterrorizante. O sumiço de uma jovem com condições méd graves? Isso beira o insuportável.
Pensa na angústia: cada hora que passa, a possibilidade de Duda estar sem seus medicamentos, sem os cuidados que mantêm seu corpo funcionando, se torna mais real. Mais assustadora.
Um apelo que precisa ecoar
Se você está em Mato Grosso — ou em qualquer canto desse Brasil — e viu uma adolescente com essas características, não hesite. A família não quer explicações, não quer julgamentos: quer Duda de volta. Viva.
O contato pode ser feito através do (65) 99983-0057 ou diretamente com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, no (65) 3929-3840.
Às vezes, a gente esquece como uma simples informação — aquela que parece insignificante — pode ser o fio que desata o nó mais apertado. Nesse caso, pode ser o fio que traz uma filha de volta para os braços da mãe.
Enquanto isso, em algum lugar de Várzea Grande, um relógio continua correndo. E uma família espera. E uma adolescente de 16 anos — que precisa urgentemente de um rim novo — está em algum lugar, sem que ninguém saiba se está com medo, se está com dor, ou se ainda consegue esperar.