A família de uma paciente idosa de 74 anos fez uma grave denúncia contra o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Segundo os relatos, a mulher teria sido vítima de abuso por parte de um médico dentro da unidade de saúde.
Detalhes da denúncia e testemunha
De acordo com a filha da vítima, que preferiu não se identificar, o fato ocorreu na madrugada do último domingo (14). A idosa estava internada com dificuldades respiratórias e havia sido levada para uma sala de reanimação, onde os acompanhantes não têm acesso. Por isso, a filha havia deixado o hospital.
O caso veio à tona graças a um paciente que estava sedado em um leito próximo. Ele teria acordado durante a madrugada e presenciado o médico tocando as partes íntimas da senhora. Indignado, o homem conseguiu chamar a atenção de outras pessoas para o que estava acontecendo.
"O paciente ao lado viu, e ele acordou, porque ele estava sedado também, e se manifestou para que as outras pessoas vissem. Segundo eles, as enfermeiras tomaram as providências de chamar a polícia", contou a filha em entrevista à TV Anhanguera.
Investigação em andamento e afastamento
A polícia foi acionada e um boletim de ocorrência foi registrado. A filha da paciente afirmou que as imagens de segurança do hospital mostram que o funcionário em questão permaneceu cerca de 18 minutos ao lado do leito de sua mãe.
Em nota oficial, a direção do Hugol informou que, ao tomar conhecimento da denúncia, adotou imediatamente as providências previstas em seus protocolos. A unidade acionou as autoridades, realizou o acolhimento da paciente e da família e, de forma preventiva, determinou o afastamento do profissional citado até que todos os fatos sejam esclarecidos.
O hospital reforçou que repudia qualquer forma de violação de direitos e que permanece à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários. O nome do médico suspeito não foi divulgado.
Contexto do caso e próximos passos
A idosa, que tem problemas de saúde, deu entrada no Hugol devido a complicações respiratórias. O afastamento do médico é uma medida administrativa inicial, enquanto as investigações policiais e internas seguem para apurar com precisão as circunstâncias do ocorrido.
Até o momento, conforme as apurações iniciais da própria instituição, não é possível afirmar com exatidão o que aconteceu. O caso gera comoção e levanta questões sobre a segurança de pacientes vulneráveis dentro do ambiente hospitalar.