Um homem de 37 anos foi preso em flagrante nesta quinta-feira, dia 4, na cidade de Uberlândia, acusado de comandar um esquema de clonagem de placas de veículos. A ação foi realizada pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) durante uma operação de fiscalização na BR-050.
Esquema descoberto durante fiscalização na BR-050
De acordo com a PMRv, a equipe recebeu informações de que carros com a mesma identificação estavam circulando simultaneamente pela cidade. Após um trabalho de rastreamento, os policiais localizaram três veículos diferentes, mas com características semelhantes, todos utilizando a mesma placa.
O sargento Jonathas Almeida Tomaz, que participou da operação, explicou como a investigação se desenrolou. "Identificamos um boletim de ocorrência por extravio de placa e, a partir disso, verificamos se ela não estava sendo usada indevidamente. Foi então que encontramos três veículos diferentes circulando com a mesma identificação", detalhou o policial.
Modus operandi do crime
As investigações revelaram o método utilizado pelo suspeito. Primeiramente, ele registrou um boletim de ocorrência alegando o extravio da placa do seu próprio carro. Com esse documento em mãos, solicitou a confecção de um novo jogo de placas junto aos órgãos competentes.
Em seguida, o homem adquiriu outros veículos que possuíam pendências financeiras e documentais. Aproveitando as novas placas que havia obtido de forma fraudulenta, ele as colocou nesses carros com problemas, "clonando" a identificação do veículo original. O passo final do esquema era alugar os automóveis irregulares para motoristas de aplicativo, gerando lucro com a locação.
Consequências e pena para o crime
O homem foi preso em flagrante pelo crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Os três carros envolvidos no esquema foram apreendidos e encaminhados para o pátio credenciado em Uberlândia.
Este é considerado um crime grave pela legislação brasileira. A pena prevista é de reclusão, que pode variar de 3 a 6 anos, além do pagamento de multa. A gravidade se deve ao fato de que a falsificação ou alteração de placas, chassis ou outros identificadores tem como objetivo principal burlar a fiscalização de trânsito e dificultar o rastreamento do veículo, o que pode facilitar outros ilícitos.
A prisão serve como um alerta para quem pensa em burlar o sistema de identificação veicular e coloca em evidência os riscos do aluguel de carros sem a devida verificação documental, tanto para locadores quanto para condutores de aplicativos.
