
Não deu outra. A Feira da Glória, aquele reduto de antiguidades e bagunça organizada que todo carioca conhece, virou palco de uma operação que botou ordem no pedaço — ou pelo menos tentou. Neste último fim de semana, a coisa pegou pra três marmanjos que achavam que o asfalto era seu escritório particular.
Pois é, meus amigos. Enquanto uns trabalham honestamente, outros insistem no velho golpe do "olha a viatura, patrão". Só que dessa vez, a brincadeira saiu caro: três flanelinhas foram detidos e mais de 70 multas foram aplicadas pela PM e agentes de trânsito.
O que rolou de fato?
Segundo fontes que acompanharam a operação, a coisa começou cedinho, quando o sol ainda estava preguiçoso. Os fiscais chegaram com aquela disposição de segunda-feira — e olha que era sábado! — pra botar ordem no vai-e-vem de carros que sempre vira um caos nos arredores da feira.
- Três indivíduos flagrados cobrando indevidamente por estacionamento
- 15 veículos rebocados por estacionamento irregular
- 57 autuações por infrações diversas de trânsito
- E pasmem: até um camelô tentou vender viatura como peça de museu!
Brincadeiras à parte, a operação — que misturava um pouco de teatro urbano com fiscalização de verdade — mostrou que o poder público tá de olho. Embora muita gente ainda ache que "no Rio é tudo liberado", parece que a maré tá mudando.
E os frequentadores?
Ah, aí a coisa divide. Enquanto Dona Maria, 62 anos, compradora assídua, achou ótimo ("finalmente posso andar sem ser assediada"), o Seu Jorge, vendedor há 20 anos, reclamou: "Tá virando shopping isso aqui". Difícil agradar a gregos e troianos, não é mesmo?
O que ninguém discute: a Feira da Glória é um patrimônio da cidade — caótico, barulhento, mas cheio de alma. Resta saber se operações como essa vão conseguir equilibrar a balança entre tradição e ordem pública. Por enquanto, a vitória foi da lei. Até a próxima rodada!