Motorista confessa armação que parou Rodoanel de SP por 5 horas
Motorista confessa armação que parou Rodoanel de SP

O caos que paralisou o Rodoanel na Grande São Paulo na semana passada foi, na verdade, uma armação elaborada pelo próprio motorista do caminhão. Dener Laurito dos Santos confessou à polícia que simulou todo o crime, desde o suposto sequestro até a criação de uma bomba falsa.

A confissão do motorista

Diante do delegado Márcio Fruet, responsável pela investigação, o motorista caiu em contradição e admitiu que planejou tudo na noite anterior ao incidente. Segundo seu depoimento, ele dirigiu por quilômetros até encontrar uma área de escape no Rodoanel, onde colocou seu plano em prática.

Dener jogou uma pedra contra o próprio para-brisa do caminhão e depois criou um artefato que simulava uma bomba usando objetos que tinha dentro da carreta. A falsa explosivo foi montada com spray desodorante para os pés, um galão com água e papel alumínio.

O caos no trânsito paulista

Após danificar o veículo e criar o artefato suspeito, o motorista se amarrou e atravessou a carreta na pista, interrompendo o trânsito nos dois sentidos. A ação causou um congestionamento monumental e mobilizou uma operação policial de grandes proporções.

A Polícia Militar enviou 70 homens do esquadrão antibomba para o local, além de delegados, investigadores e um helicóptero. Toda a estrutura foi montada para procurar pelos supostos criminosos que, segundo a versão inicial do motorista, seriam três homens armados com fuzis.

As contradições e a verdade

O delegado Márcio Fruet deixou claro que não restam dúvidas sobre a culpa do motorista. "Para nós, os restos da de forma tranquila e não resta nenhuma dúvida de que ele praticou de forma totalmente livre e consciente", afirmou o investigador.

Um detalhe interessante revelado pela polícia é que o caminhão já tinha sido bloqueado remotamente pela transportadora antes mesmo do incidente, porque o próprio motorista havia feito contato anteriormente.

O único fato que a polícia considera verdadeiro em toda a história é o desmaio do motorista durante a descida da cabine. Segundo investigadores, isso teria sido uma crise de estresse diante das consequências da própria armação.

Agora, Dener Laurito dos Santos responderá por falsa comunicação de crime. O episódio que parecia cena de cinema mostrou-se apenas uma elaborada história inventada por um homem que parou São Paulo por quase cinco horas.