Mecânico de 61 anos morto em Boa Vista: motorista preso por homicídio qualificado
Mecânico morto em Boa Vista: motorista preso

Tragédia no trânsito de Boa Vista

Uma discussão de trânsito terminou em tragédia na noite de quarta-feira (19) no bairro Pintolândia, zona Oeste de Boa Vista. O mecânico Francisco das Chagas Saraiva de Sá, de 61 anos, conhecido como Saraiva, foi atropelado e morto enquanto voltava para casa de bicicleta após o trabalho.

Detalhes do crime

Testemunhas que presenciaram o ocorrido relataram à Guarda Civil Municipal (GCM) que o motorista Marlon da Silva Oliveira, de 36 anos, acelerou o carro e atropelou "propositalmente" a vítima após uma discussão entre os dois. O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil, considerado crime hediondo pela legislação brasileira.

No momento do atropelamento, Marlon estava acompanhado da esposa, que tentou assumir o volante para proteger o marido e evitar um possível linchamento pela população local. A estratégia, no entanto, não impediu a prisão em flagrante do motorista pela GCM.

Consequências legais

Marlon foi autuado pelo delegado Jean Daniel e levado para audiência de custódia, onde a juíza Liliane Cardoso decidiu pela manutenção da prisão. A magistrada considerou a gravidade do caso e o fato de o acusado ter se recusado a fazer o teste do bafômetro quando abordado pela guarda municipal.

Em sua decisão, a juíza afirmou: "A imputação feita ao flagranteado é grave, face aos seus elementos e às suas circunstâncias (crime em tese praticado por motivo fútil), o flagranteado se recusou a fazer teste de etilômetro, pelo quê a manutenção da segregação é para garantia da ordem pública".

A magistrada também determinou a suspensão da carteira de habilitação do motorista até nova decisão e ordenou que a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo fornecesse medicação necessária ao preso.

Velório e família

Familiares e amigos de Saraiva velaram o corpo na tarde de sábado (22) em uma igreja no bairro Alvorada, também na zona Oeste de Boa Vista. O sepultamento estava marcado para as 17h do mesmo dia.

O mecânico eletricista de carros deixou quatro filhos e a esposa. A Rede Amazônica esteve no velório, mas a família, em razão do luto, não quis conceder entrevista. Uma das filhas informou que, na próxima semana, deve contratar um advogado para cuidar dos trâmites legais contra Marlon.

A defesa de Marlon da Silva Oliveira afirmou que só irá se pronunciar após a conclusão do inquérito policial.