Era pra ser mais um dia comum, desses de fazer compras no supermercado. Mas o que começou como uma simples discussão por uma vaga no estacionamento terminou com um homem atropelado e um bancário atrás das grades. A cena, digna de filme de ação, foi registrada por câmeras de segurança na última quarta-feira (1°) na Zona Leste de Manaus.
O clima esquentou rápido, muito rápido. Dois carros, uma vaga cobiçada, e os ânimos à flor da pele. Testemunhas contam que a discussão começou por causa do acesso à fila do caixa no estacionamento do Atacadão, no bairro Jorge Teixeira. Coisa boba, sabe? Daquelas que a gente normalmente resolve com um "fala baixo, amigo".
Do palavrório ao atropelamento
Mas não foi isso que aconteceu. O bancário Rômulo Nunes, de 33 anos, parece que perdeu a cabeça completamente. Depois da troca de farpas, ele entrou no carro e... bem, o inacreditável aconteceu. Em vez de dar ré e ir embora, ele acelerou em direção ao outro homem.
O vídeo é chocante. Mostra o momento exato em que o veículo atinge a vítima, que tentou em vão se esquivar. O impacto foi violento - daqueles que faz a gente tremer só de imaginar.
As consequências da fúria
A vítima, um homem de 44 anos que preferiu não se identificar, foi parar no hospital com ferimentos graves. Fratura exposta na perna, traumatismo craniano... a lista é longa. Enquanto isso, Rômulo não esperou a polícia chegar - fugiu do local que nem personagem de novela.
Mas essa história tem, digamos, um epílogo. Horas depois do ocorrido, o bancário resolveu se entregar. Será que a consciência pesou? Ou foi o medo de ser preso de qualquer jeito? Ele chegou na delegacia acompanhado do advogado, claro.
O delegado Fábio Mendes, que está cuidando do caso, foi direto ao ponto: "Temos imagens claras mostrando a ação deliberada do condutor. Não foi acidente, foi escolha".
E agora, o que acontece?
Rômulo responde por tentativa de homicídio qualificada. A pena? Pode chegar a 30 anos de cadeia. Tudo isso porque não soube controlar o nervosismo numa discussão besta de supermercado.
O caso serve como alerta para algo que a gente vê cada vez mais: a incapacidade das pessoas de lidar com frustrações cotidianas. Uma discussão por vaga, uma fechada no trânsito, uma fila que não anda... e pronto, vira motivo para tragédia.
Enquanto a vítima se recupera no hospital - os médicos dizem que o estado é grave, mas estável - Rômulo aguarda o julgamento na cadeia. Dois destinos que se cruzaram de forma violenta por causa de minutos numa fila de supermercado.
