O Distrito Federal ficou estarrecido com uma cena de violência urbana que parece saída de um daqueles vídeos virais que a gente nunca espera testemunhar na vida real. Um idoso, simplesmente tentando seguir seu caminho, tornou-se vítima de uma fúria incontrolável no trânsito — e o desfecho foi tão rápido quanto brutal.
Tudo aconteceu na W3 Norte, aquela via que já viu de tudo um pouco, mas nunca deixa de nos surpreender com situações que desafiam a civilidade. Na terça-feira, por volta das 14h, o que deveria ser apenas mais um dia comum transformou-se em pesadelo para um senhor de 68 anos.
O momento da explosão
Segundo testemunhas — e o próprio registro policial —, a discussão começou por uma fechada, dessas que acontecem todos os dias nas ruas de Brasília. Só que dessa vez, a coisa escalou para algo completamente fora de controle.
O motorista do aplicativo, um homem de 36 anos, simplesmente perdeu a cabeça. Desceu do carro e partiu para a agressão física contra o idoso. E não foram empurrõezinhos não — foram socos, tapas, uma violência que chocou quem viu.
"Nunca imaginei ver uma coisa dessas", contou uma comerciante que preferiu não se identificar. "O senhor tentou se defender, mas era óbvio que não tinha condições. Foi covardia pura."
A resposta da plataforma
Aqui vem a parte que, confesso, me surpreendeu positivamente. Em vez daquela demora burocrática que a gente está acostumado a ver nesses casos, o aplicativo agiu rápido. Muito rápido.
Menos de 24 horas após o ocorrido, o perfil do motorista simplesmente deixou de existir na plataforma. Desativado, banido, excluído — escolha o verbo que preferir. A empresa emitiu um comunicado dizendo que não tolera qualquer tipo de violência e que tomou a medida de forma imediata após tomar conhecimento dos fatos.
Parece que finalmente algumas empresas estão aprendendo que reputação vale mais do que qualquer corrida.
E o idoso, como ficou?
O senhor de 68 anos sofreu escoriações pelo corpo e, claro, o trauma psicológico que uma situação dessas inevitavelmente causa. Foi levado ao Hospital Regional da Asa Norte, onde recebeu os primeiros atendimentos.
Mas convenhamos: nenhum curativo no mundo apaga a lembrança de ser agredido covardemente no meio da rua. A família registrou boletim de ocorrência na 14ª Delegacia de Polícia, e agora o caso está nas mãos da Justiça — que, esperamos, dará a resposta adequada a esse tipo de comportamento.
Reflexão necessária
O que me deixa pensando — e talvez você também — é como o trânsito tem se tornado um palco para essas explosões de violência. Estamos todos tão estressados, tão apressados, que qualquer fechada vira motivo para perder a compostura?
E pior: quando a vítima é uma pessoa idosa, a situação ganha contornos ainda mais graves. Parece que perdemos até mesmo o respeito básico pelos mais velhos.
O caso serve de alerta para todos nós. Não só para os motoristas de aplicativo, mas para qualquer pessoa que dirige pelas ruas do DF. A paciência está em falta, mas a violência nunca pode ser a resposta.
Enquanto isso, o motorista agressor aprende da pior forma possível que algumas ações têm consequências imediatas — e que o "delete" da plataforma é só o começo dos seus problemas.
