Base Candiru apreende 1,1 tonelada de drogas em 9 meses no Pará
Base Candiru apreende 1,1t de drogas no Pará

A Base Integrada Fluvial Candiru, localizada em Óbidos, no oeste do Pará, consolidou-se como um dos principais pilares da estratégia de segurança pública do estado no combate aos crimes praticados na malha hidrográfica amazônica.

Resultados expressivos em um ano de operação

Em apenas doze meses de funcionamento, a unidade demonstrou eficiência operacional com números que impressionam. Entre janeiro e setembro deste ano, as equipes integradas apreenderam 1,1 tonelada de entorpecentes, reforçando o impacto direto das operações na região do Baixo Amazonas.

Além das drogas, o balanço operacional inclui 838 abordagens realizadas, 388 m³ de madeira serrada apreendida, 14 toneladas de pescado ilegal, 85 celulares e 17 veículos recuperados. As ações também resultaram em nove prisões, cumprimento de mandados judiciais e apreensão de duas armas.

Estratégia no ponto mais sensível das hidrovias

Posicionada em local estratégico do Rio Amazonas, a Base Candiru tornou-se referência no patrulhamento ostensivo e fiscalização de embarcações que transitam entre o Amazonas, Macapá e o Baixo Amazonas paraense. Mais de 25 mil pessoas foram abordadas durante as fiscalizações realizadas pela unidade.

O secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, enfatiza que "as hidrovias são as veias logísticas do Pará, e exigem uma atuação permanente e estratégica". Ele destaca que a Base Candiru tem sido fundamental no combate ao crime organizado, reduzindo riscos e fortalecendo a sensação de segurança nas comunidades ribeirinhas.

Expansão do modelo bem-sucedido

O sucesso da Base Candiru faz parte de uma estratégia mais ampla do Governo do Pará. A primeira unidade fluvial, implantada em 2021 em Antônio Lemos, no Marajó, já ultrapassa 3 toneladas de drogas apreendidas, além de milhares de abordagens e diversas operações ambientais e criminais.

Os reflexos positivos são mensuráveis: no Marajó, houve redução superior a 74% nos crimes de roubo em áreas fluviais, e mais de 30% nos registros de furto, segundo dados da Secretaria-Adjunta de Inteligência e Análise Criminal.

O modelo paraense já é reconhecido nacionalmente e deve ser expandido com a entrega da Base Fluvial Baixo Tocantins ainda este ano, cobrindo a região de Abaetetuba e Barcarena, considerada uma das áreas mais movimentadas e sensíveis para o transporte hidroviário.